Sunday, December 30, 2007

Ouçam isto e pensem naquilo



Supostamente o post anterior seria o último do ano mas...eis que antes de desligar o computador me lembrei que ainda não vos dei conta da minha mais recente descoberta musical. Milhares de pessoas tê-la-ão feito antes de mim mas isso agora não interessa nada.

Já que o álbum foi editado este ano, merece fazer parte dos posts de 2007.

Eles são os Editors, o álbum chama-se An End Has a Start e é adorável. Não há uma faixa de que eu não goste e, nos últimos tempos, oiço este álbum em casa, no carro, no ginásio, na rádio (mas só na Radar) e em qualquer outro lugar.

Aqui fica uma das minhas músicas preferidas, que levanta uma questão que deixo no ar, uma vez que até vem a propósito da época de reflexão e balanços que atravessamos.

Every little piece in your life
Will it mean something to someone?

Once and again


E pronto...lá vamos nós outra vez. Um ano acaba e outro começa. E com ele começa a correria do costume. Lá vamos re-iniciar a nossa vida apressada, durante a qual percorremos "um" caminho em busca da nossa felicidade, tentamos satisfazer os outros, tentamos alcançar os nossos objectivos e tentamos não aborrecer ninguém. No fundo...só queremos ser felizes. Doze meses depois olhamos, invariavelmente, para trás e fazemos o balanço do ano. No telejornal fazem o mesmo mas com as notícias!

Eu sou como o telejornal. Por isso, aqui fica um resumo:

1. Criei este blog. Para ser sincera, pensei que seria um entusiasmo passageiro. Mas não. Tornou-se o meu cantinho e é especial para mim. Estão aqui pedacinhos de mim.

2. Tomei apenas um antibiótico/ano, prescrito por mim própria (e foi eficaz!) e passei pelo menos 3 dias durante o ano de 2007 a anhar no sofá e a arder em febre! Anhar no sofá não mau de todo... Haja direito ao descanso!

3. Acho que foi algures em Maio/Junho deste ano que tive a certeza. Quando for grande, quero ser pediatra.

4. Pensei na morte, porque teve de ser. Porque alguém de quem gostava acordou de manhã e saltou do nono andar, deixando-nos a todos à procura de um resposta. Continuo a acreditar que a morte não é o melhor caminho. Já basta quando ela nos procura.

5. Tive a oportunidade de ver o lado mais negro das pessoas. E, ao contrário do que se pode pensar, foi muito bom. Aprendi e cresci muito. Espero defender-me melhor da próxima vez que alguém me fizer mal. Se bem que, apesar de tudo, nao me parece que mais alguém me faça mal, excepto se eu deixar.

6. Tirei a fruta podre da cesta. Sim, eu sei que a frase é feia. Foi-me dita por alguém de quem só me lembro quando penso nesta frase. Mas tem alguma lógica. Não devemos guardar a fruta podre no mesmo cesto em que guardamos a boa. As razões são óbvias.

7. Fiz novos amigos e consegui manter os antigos. Apesar da falta de tempo, das separações geográficas e da nossa própria inércia, as amizades verdadeiras mantêm-se no tempo e derrubam qualquer barreira.

8. Óptimas férias de Verão, repletas de amigos e de amor... Acampar e conhecer sítios bonitos com pessoas bonitas. A única coisa menos bonita eram mesmo os lavabos. Tudo o resto foi 5 estrelas, certo pessoal?

9. Parabéns à minha irmã! Por seres tão forte, tão lutadora e tão bonita por dentro e por fora (lembras-te?). Continuo a estar ao teu lado e continuo a confiar em ti. Por favor, não me desiludas.

10. Num ano em que tudo à minha volta mudou, também eu mudei. O meu porto seguro tornou-se num ninho vazio, os habitantes do ninho espalharam-se por aí e eu fiquei parada a assistir a tudo isto. Literalmente parada. Até mesmo porque não havia nada a fazer, a não ser ver o lado bom de tudo isto. Todas as pessoas que amo estão vivas, preocupam-se comigo e, mais importante que tudo o resto, estão felizes! Meu Deus, como foi difícil adaptar-me às mudanças e às responsabilidades crescentes. Nunca substimem o trabalho que dá gerir uma casa!Aprendi a gostar de estar sozinha ou comigo, consoante os pontos de vista. Sinto-me mais forte, mais segura, mais confiante. Afinal, o que não nos mata torna-nos mais fortes.

Mas não posso mesmo mudar de ano sem agradecer àquelas pessoas tão especiais, que são a família que eu escolhi. Elas sabem quem são. Sabem que as amo tanto como amo a família do meu sangue, até porque o sangue não significa nada. Os laços que jamais se desapertarão são aqueles que todos os dias apertamos um bocadinho mais, seja com um telefonema, uma mensagem, um e-mail, um sorriso, um beijo ou um abraço.

Para mim, a passagem de ano não significa nada de especial. Tanto me faz que seja passada numa festa de arromba com amigos ou com a família. (Este ano parece que vai ser com a família que eu escolhi!) É apenas mais um noite mas, já que é a última do ano, convém que seja passada em paz, com muita saúde e no calorzinho que só uma bonita história de amor pode gerar.

Desejo que em 2008 todos os sonhos se realizem, mesmo os de quem não merece.

Wednesday, December 26, 2007

Pensamento do ano

Não tenhas medo de dar grandes passos.

Não podes atravessar um precipício em dois passinhos.

David Lloyd George

Friday, December 21, 2007

Feliz Natal!

Este ano fiz a minha árvore Natal. Modéstia à parte: está linda! Foi a primeira vez que a fiz sozinha e confesso que muita coisa me foi passando pela cabeça.

Assim que peguei nas luzes, nas bolas douradas, nas estrelas e nos anjos, senti de imediato uma nostalgia imensa.

Apesar de ser miúda, lembro-me bem dos Natais em casa da minha avó. Foi com ela que aprendi a fazer a árvore de Natal. Primeiro as luzes, depois as fitas, depois as bolas...sempre com demasiada cor. Nunca consegui demover a minha avó de misturar tantas cores. E ainda bem!, porque há coisas que nunca mudam... Ainda antes das árvore, faziamos o presépio. O mais simples e bonito que já vi. Só visto...e hei-de arranjar uma fotografia! E depois havia o dia do Natal dos Hospitais. Nessa altura só havia um, o da RTP. É verdade, alguém me sabe dizer ao certo quantos Natais dos Hospitais há hoje em dia?! Voltando ao assunto... Faltavam os doces! A tarde em que ia para o ar a emissão do Natal dos Hospitais era a mesma em que era suposto partir o nógado aos bocadinhos. Pois é...ninguém sabe o que o nógado!É um frito alentejano envolto em mel e é também o meu doce de Natal preferido. A sua confecção dá muito trabalho mas nada que uma boa tarde de Natal dos Hospitais não resolvesse! ;)

Foi a minha avó quem me ensinou a gostar do Natal. Acho que graças a ela, as prendas nunca foram demasiado importantes. São importantes, claro. Eu adoro dar e receber prendas, mas não têm de ser necessariamente materiais, nem tão pouco precisam de ser oferecidas no Natal!

Por falar em prendas, alguém me disse este ano que, desde que deixou de ser criança e os presentes diminuíram em tamanho e quantidade, o Natal perdeu muito interesse. Não concordo com isto mas entendo. As prendas são essenciais para qualquer criança que se preze! Mas à medida que crescemos tornam-se dispensáveis.

Neste momento, o mais importante para mim é mesmo ter a família toda junta, o que no meu caso (note-se que tenho uma família demembrada/pais separados) é difícil de alcançar, pelo menos tratando-se do mesmo espaço físico. No entanto, consigo transportá-los a todos no meu coração, inclusivamente os dois novos membros da família (nem tudo é mau quando as famílias originais se desmembram), no Natal e também durante o ano inteiro. E assim lá vou dividindo a noite e o Dia de Natal para ter tempo de estar com todas as pessoas que mais amo.

Para mim o Natal é...FANTÁSTICO! No Natal a magia, e mais qualquer coisa que me faz chorar com muita facilidade, andam no ar. Nesta época ando sempre de mãos e pés frios mas de coração bem quente.

No entanto, só gostava que toda a gente pudesse sentir e dizer o mesmo. Não vai ser possível, pelo menos enquanto houver crianças doentes, com fome e sem presentes, pessoas a dormir em bancos de jardim e tantas miséria no mundo. Por enquanto não posso fazer grande coisa para ajudar quem mais precisa, para além de contribuir para o banco alimentar contra a fome. Mas tenho o forte desejo de o fazer assim que possa...já trabalho para isso há alguns anos.

Para terminar, resta-me desejar a todos um Natal muuuuuuuuuuiiiito feliz, repleto de Paz, Saúde e Amor! E não querendo ofender ninguém, aqui fica o meu presente de Natal para todos vós...






Wednesday, December 19, 2007

Chá, chocolate ou chá de chocolate?



E a resposta certa éééééééééé.....................................chá de chocolate!

Adoro chá, sobretudo no Inverno. Adoro chocolate ao longo de todo o ano, seja ele em que forma for: gelado, mousse, tablete, bombom, chocolate quente, bolachas, enfim...adoro chocolate em qualquer uma das suas vertentes! Para mal da minha dieta, sou completamente viciada em chocolate! Então quando estou triste ou está chover (geralmente as duas situações coexistem!), não passo sem chocolate, desde que não seja branco!

E hoje lá estive eu a usufruir de mais uma das maravilhas do chocolate: o chá! Para quem ainda não provou, aconselho vivamente! É quentinho, aconchegante, calmante, reconfortante, não deve engordar tanto com um gelado e, melhor que tudo, sabe a chocolate!

Na verdade, já tinha provado com a minha amiga Vera, também ela viciada em chocolate, como podem verificar aqui! E hoje, enquanto bebia o tal chá de chocolate, tive que lembrar de ti, minha querida Vera! Por isso, aproveito este post para te dizer que adorei "aquele" Carnaval caseiro e cheio de chuva, em que aproveitámos as noites para beber chá de chocolate e conversar até de madrugada! Vivam as boas amigas como tu! E já agora, viva também o chocolate, que também é um bom companheiro quando precisamos de mimo e não temos boas amigas por perto!

Arrufos no Natal?!



Há coisas que me deixam realmente triste. Será possível que nem no Natal se abra mão dos arrufos?!

Era só um jantar de Natal com alguns amigos e/ou conhecidos. (Conhecidos são aquelas pessoas que não são bem amigos e fazem de conta que são mas, não obstante, têm potencial para um dia serem amigos.)

Mas não. É impossível organizar algo assim, enquanto toda a gente tem imenso que fazer, imenso em que pensar e pouca, mas tão pouca, vontade! Nem era preciso marcar um jantar, bastava encontrarmo-nos em qualquer lado, faziamos a festa nem que fosse com uma pizza, um hamburguer ou mesmo umas castanhas assadas (que este ano ainda não comi!). O importante não era o restaurante, nem a ementa, nem o preço. O importante era estarmos todos juntos. Mas parece que hoje em dia ninguém liga muito a isso. Temos todos muito que fazer. E eu não sou excepção. Possivelmente também podia ter-me esforçado mais.

Vendo bem, se calhar tudo isto foi uma péssima ideia. Pode ser tolice minha mas não estou arrependida. E por mim, o tal jantar ainda pode realizar-se. Basta todos querermos, nem que seja um bocadinho.

Este ano não quero saber de arrufos porque há coisas MUITO, mesmo MUITO, mais importantes!

P.S.- Life is hard (ninguém diz o contrário) mas... 'Bora lá por os arrufos de parte?!

Monday, December 17, 2007

Afinal havia outro!




A dor de cabeça, a dor de garganta, os esternutos (espirros!), a congestão nasal, as artralgias, as mialgias e a febrícula não foram apenas fruto da ressaca.

Afinal havia outro. Pertence à família Orthomyxoviridae e responde pelo nome Influenza. Parece que veio determinado a estragar-me os primeiros dias de "férias" (não sei bem se entrega e discussão de relatórios se consideram férias mas enfim...).

Vai-te embora ó Influenza!

Saturday, December 15, 2007

As mulheres não perdoam nada e a idade também não


Ontem fui a uma festa tipo...jantar e baile de gala. Foi muito giro. As senhoras (pois...soa mal mas acho que também já vou sendo uma senhora) com vestidos bonitos e os senhores de fato e gravata, muito charmosos. É claro que havia também vestidos feios, bem como camisas e gravatas abomináveis, o que até passava despercebido porque, no geral, o ambiente era bonito.

Foi engraçado ver como, nós mulheres, não conseguimos resistir ao escárnio e mal-dizer. Assim que nos cruzamos olhamos umas para as outras de alto a baixo, examinamos o penteado, a maquilhagem, o vestido, os sapatos e a mala. Se, na nossa opinião, a "adversária" estiver mais bonita que nós próprias, ficamos caladas. Caso contrário, ah ah ah ah!, toca a dizer mal. E não há nada a fazer contra isto. Sempre foi assim e assim continuará. Eu própria não consigo resistir, apesar de saber que não está certo. Não acho que façamos isto com maldade. Apenas faz parte da natureza das mulheres.

Ultrapassada esta etapa da crítica inicial, lá se comeu e bebeu. Tudo muito chique, comida muito boa, excepto o paté de perú com molho Cumberland (parecem bom mas não é!) e vinho muito bom. Aqui começa o problema...as minhas bebedeiras saem sempre muito baratas, tão baratas que após dois copos de vinho tudo fica 20 vezes mais divertido do que era inicialmente.

E depois? Depois continuamos a beber. E porque não? A diversão pode ser multiplicada mais do que 20 vezes, certo?

3 vodkas com laranja depois, a diversão estava no auge! E a minha gama-GT também devia estar lá para cima... Mas não estou nada arrependida. Dancei que me fartei e nem sequer me doeram os pés! Veja-se bem a diversidade de efeitos que uma substância chamada álcool pode ter...

O pior é mesmo o dia seguinte. Dor de cabeça, dor de garganta e finalmente...pés doridos. Não...isto não é ressaca! Foi tudo por culpa do frio e dos sapatos! ;)

Antes não era assim. Mas pelos vistos a idade é como as mulheres: não perdoa mesmo nada!

Sunday, December 9, 2007

De quem é a culpa afinal?

Um tal de Manuel Catarino vai lançar ou já lançou um livro intitulado "A Culpa dos McCann". Alguém acha o título do livro parcial???!!! Naaaaaa...é cá agora! Mas segundo o que se diz por aqui o livro só analisa os acontecimentos e a investigação do "caso Maddie". E é óbvio que este senhor jornalista não se lembrou de nenhum outro título. Realmente eu também não me lembro mas não fui eu que escrevi um livro tão despropositado e sensacionalista como este.

Nunca me pronunciei sobre este tema porque não gosto de falar sobre aquilo que não sei... Eu não sei e as poucas pessoas que sabem possivelmente nunca vão dizer o que sabem.

É muito triste porque desapareceu uma menina. E não interessa se é inglesa ou iraquiana, se é loura ou ruiva. Não é isso que está em causa. É uma criança e merece respeito. Por isso é que me salta a tampa quando ligo a televisão à hora de almoço, quando infelizmente as opções são Júlia Pinheiro ou telenovelas, e vejo a dita cuja, sempre com aquele humor desadequado, a especular e a dissertar sobre a teoria das benzodiazepinas na água/leite dos filhos dos McCann. Ora é porque a mãe não chora, ora é porque largou o urso de peluche, ora é porque cortou a franja, ora é porque não se confessou. Qualquer dia, o número de vezes que utiliza o Wc é também sinal evidente de qualquer coisa muitíssimo relevante! Fazem-se comparações absurdas com a mãe do Rui Pedro (se esta emagreceu mais do que Kate é porque está muito mais triste...é óbvio!) e até há sondagens para averiguar de quem é a culpa!

É claro que toda a gente tem uma opinião formada sobre o assunto. Eu também tenho a minha. E para mim a menina não vai aparecer viva nem morta. Simplesmente não vai aparecer. Claro que não sei porquê. Mas também não vou inventar. Já chega de teorias rebuscadas e sem nexo, como acontece com a maioria. Mesmo passados sete meses, continua a discutir-se este assunto com uma leviandade assustadora.

Mais uma vez se confirma que neste país, toda a gente tem uma palavra a dizer sobre absolutamente TUDO! Mas lá está: Quem muito fala pouco acerta...

Saturday, December 8, 2007

Salvem o funcionário público e já agora...os concorrentes da Operação Triunfo também!


Em vez de estudar, estive a ver a Operação Triunfo até agora. Pode ser que daqui a um ano me arrependa destes devaneios. Ou então não...também é preciso distrair a mente e comer chocolate. (Agora a sério, com quanto prazer é possível comer um coração de chocolate Milka enquanto se vê televisão?!)

Bem...estava eu a falar da Operação Triunfo!Para ser sincera, não sei muito bem porque razão vejo esse programa.Ora vejamos...tem música, alguns concorrentes cantam bem (outros cantam mal) e até há alguns razoavelmente jeitosos, ainda que fiquem a anos luz do "meu" Scofield! Acho que é só por estas razões... Hoje saiu mais um concorrente e foi o regabofe do costume. E desde já dedico a palavra "regabofe" à minha querida avó. Ninguém pronuncia esta palavra como ela. Portanto, após a expulsão da concorrente houve muitas palmas, emoção, choradeira, beijos e abraços. O júri ficou, também como de costume, muito comovido e fez juras de sucesso eterno à concorrente que abandonou o concurso. Arrisco-me a dizer que foi a palhaçada do costume

Porquê?

Façamos um exercício de memória...Quem foi o vencedor da primeira Operação Triunfo?Quantos nomes de ex-concorrentes me lembro? Não muitos.

É por isso que estes concursos já enjoam. Ganham sempre os que cantam pior e têm um lobby maior. E até mesmo os que cantam melhor não têm grande futuro musical. Isto porque o sucesso é instantâneo e dissipa-se no tempo. Mas os queridos concorrentes não digerem bem estes factos e estão plenamente convencidos de que vão ganhar a vida a cantar. É um sonho, como qualquer outro. E por isso mesmo pode não se realizar, como qualquer outro sonho. Portanto, não se justifica tanto regabofe de cada vez que um concorrente é expulso porque o mundo não vai acabar. Alguém devia explicar aquelas alminhas que expulso é DIFERENTE de morto!

Após esta minha reflexão em torno do regabofe, passo ao assunto principal deste texto: a t-shirt do Nuno Markl. Não faço ideia de onde se compram as t-shirts que ele usa mas acho-as simplesmente fenomenais. A de hoje exibia esta frase curiosa: "salvem o funcionário público"!

Muito bom mesmo...

Será que se podem salvar os funcionários públicos ao som da Céline Dion? Seria ouro sobre azul!

P.S. - Acabo de descobrir que as t-shirts do Nuno Markl estão disponíveis na loja "Cão azul". Mais informações aqui.

Outro P.S. - Desde já vos digo que são uma óptima sugestão para uma prenda de Natal original!


Wednesday, December 5, 2007

Idiotices

Poucas coisas são tão irritantes como os "sensores luminosos" que actualmente existem em alguns WC's.

É que não têm jeito nenhum! Onde já se viu uma pessoa agachar-se para fazer seja o que fôr e ficar sem luz a meio do procedimento? Não acho bem. Ainda por cima, é ridícula a agitação que se vive quando tentamos colocar uma mão no ar para activar o raio do sensor.

Não será muito mais prático acendermos a luz quando entramos no WC e apagá-la quando saimos do mesmo?!

Há modernices que são uma idiotice.

P.S. - A propósito de uma "discussão" que presenciei hoje, chamo a atenção para o facto de WC, casa de banho e quarto de banho corresponderem à mesma entidade. ;)

Monday, December 3, 2007

Ninguém morre sozinho

É verdade. Ninguém morre sozinho.

É o nome de um livro bem conhecido e também de um capítulo que encontrei num pequeno livro de psiquiatria.

E houve uma frase que me chamou a atenção:

"Comportamento repleto de significados contraditórios, que vão da luta por um ideal de sociedade ao isolamento mais marcado, o suicídio é no fundo uma estratégia desesperada de libertação, evidenciada por aqueles que esgotaram as formas habituais de comunicar a sua tristeza e solidão"

(Daniel Sampaio, in Psiquiatria de Ligação e Psicossomática)

Assalta-me uma dúvida inquietante: será que nós, enquanto sociedade, estamos sequer interessados em minorar a tristeza e a solidão de alguém? São muitas as vezes em que olho para o lado e só encontro competição, individualismo, preconceito e maldade, que se manifestam de formas muito diferentes mas sempre mesquinhas.

Não custa nada perder uns minutos a ouvir alguém. Não custa nada confortar quem precisa com uma palavra amiga, pois não? E isto pode fazer toda a diferença na vida desse alguém!

Neste aspecto tenho sido abençoada. Apesar das dificuldades e das desilusões, não tenho sentido falta de amizade, carinho ou conforto. Mas sei que há muita gente que não tem a mesma sorte. E isso aflige-me porque, se há coisa que nos ampara quando estamos em queda livre é, sem dúvida, a amizade e o carinho de quem tem tempo para nós.

Agora que se aproxima o Natal, quadra que amo do fundo do coração (mas isso fica para outro post...), é a altura ideal para nos enchermos de muitas e boas intenções. Mas não é isso que faz falta. Uma boa intenção por pessoa é suficiente, desde que dure a vida inteira...

Thursday, November 29, 2007

Só uma coisa

O Harrisson é um livro muito difícil de estudar.

E tenho dito...

Wednesday, November 28, 2007

Em casa de ferreiro, espeto de pau...

Hoje assisti a uma sessão clínica, cujo tema era: "A interferência do médico na condução". Na verdade, a sessão clínica foi um pouco mal apresentada, de forma que cinco minutos após o seu início a minha atenção disponível já se tinha esgotado. Mas também não se pode exigir muito mais quando os slides são a transcrição de inúmeros decretos-lei/portarias/coisas que tal, que são lidos de forma monocórdica e desinteressante.

O ponto alto da sesssão clínica foi precisamente a sua interrupção! Eis que entra na sala uma pneumologista que pretendia alertar todos os serviços para a entrada em vigor da lei do tabaco. A pobre senhora só queria alertar os médicos para o facto de não poderem fumar dentro do Hospital, uma vez que, para além de ser um mau exemplo para os doentes, existe o risco de o Hospital ser multado em até 2000 euros por cada funcionário que não cumpra a lei.

Bem...não vos digo nem vos conto. Foi a loucura!Quando eu pensava que os médicos (reparem bem:médicos!) ali presentes até ficariam satisfeitos com uma medida que visa preservar a saúde de todos, incluindo a sua própria saúde...não!Nada disso!Todos os médicos fumadores presentes na sala se insurgiram contra a lei. Até ouvi dizer que não se trata de uma medida de saúde pública mas sim uma forma de se arranjarem "bodes expiatórios da sociedade" e de discriminação! Ah ah ah! É caso para perguntar se não têm conhecimento da fisiopatologia do cancro do pulmão...

Por mim todos os fumadores podem fumar à vontade e são livres de não quererem deixar de fumar. Mas não são livres de me obrigarem a fumar também. Portanto, escusam de se fazer de desgraçadinhos discriminados. Se não querem ser discriminados, só têm que respeitar os não fumadores. Esses sim, não incomodam ninguém.

E digo mais: finalmente, a partir de 1 de Janeiro de 2008 vou poder reclamar quando me sentar a uma mesa num qualquer restaurante, em que o vizinho do lado esteja a fumar. Vou reclamar com base na lei e com MUITO GOSTO!

Tuesday, November 20, 2007

Contratempos


O meu dia de anos acabou dentro de um C3, apertadinha entre duas pessoas que adoro, com um bolo de chocolate ao colo e com mais duas pessoas (também porreiras) a cantarem "Os parabéns"! ;)

Lá apaguei as velinhas mas...aviso-vos já: quando forem a um restaurante perguntem logo se podem comer bolo de anos trazido de casa. Caso contrário habilitam-se a ir comer o bolo com as mãozinhas e dentro do carro!

Apesar do dilúvio, do trânsito e do humor deprimido que acumulei à medida que surgiam os contratempos, não foi mau de todo! Obrigado a todos pela amizade e pelos mimos!

Sunday, November 18, 2007

A propósito de aniversários...

Já lá vai o tempo em que fazer anos era motivo de ansiedade. Lembro-me de ser miúda e contar religiosamente os dias que faltavam para fazer anos. E na noite que antecedia o tão esperado dia, o sono teimava em não aparecer, não cedendo a um nervosismo palerma, como se algo de importante se fosse passar no dia seguinte.

Não, não eram as prendas que me tiravam o sono. Era sim a certeza de que no dia seguinte muitas, se não todas, as pessoas de quem gosto me dispensariam uns minutos de atenção.

E deixemo-nos de hipocrisias, quem não gosta de ser alvo de uns minutos de atenção? Aliás, nem são minutos de atenção, é mesmo mimo! Muito mimo. Mimo esse que pode surgir sob a forma de um beijo, um telefonema, uma mensagem, seja o que fôr. É sempre bom saber que os nossos amigos, a nossa família e até os que não uma coisa nem outra, se lembram de nós nem que seja por fazermos anos.

Só que agora, para dizer a verdade, fazer anos não desperta em mim qualquer ansiedade. Pelo contrário, este dia outrora tão especial é apenas o início de mais um ano de vida, que encaro com muita tranquilidade. Tanta tranquilidade que até irrita...

Mas é mesmo assim...os anos passam e obrigam-nos a crescer. A ter responsabilidades e a pensar no futuro. E, meu Deus, como o ano que se aproxima será determinante! Quase me apetece fazer menos 10 anos!

E aproveitando o facto de estar quaaaaase a fazer anos, aqui deixo a minha lista de prendas. Podem comprar de tudo e em grande quantidade:

1. Mimos
2. Mimos
3. Mimos
4. Mimos
5. Mimos
6. Mimos
7. E mais mimos...




Thursday, November 15, 2007

Querida R. : DESCULPA-ME!

Mais uma vez te peço desculpa, mesmo sabendo que não tenho desculpa possível. Não há direito de me esquecer do aniversário de uma das minhas melhores amigas, se não a melhor. E o pior é que só me lembrei dias depois, quando o enfermeiro Resende (que é um simpático!) me disse que muita gente fazia anos em Novembro. Ao que eu respondi: "É verdade! Até tenho uma amiga enfermeira que faz anos agora!". Faz não. Já fez e há um tempão! Como já te disse, estou furiosa comigo mesma.

Então, achei que merecias uma homenagem, que não cabia num vulgar sms.

Por isso, querida R., aproveito este espaço para te dizer que és uma amiga única. Não importa quanto tempo estou sem te ver, não importa quantas mensagens me mandas, não importa a quantidade de cafés e pequenos-almoços hospitalares que adiamos constantemente. O que importa é que estarei sempre aqui para ti. E sempre que nos encontrarmos teremos conversas para pôr em dia, sorrisos para trocar, piadas para contar e gargalhadas cúmplices para partilhar.

O que nos une são anos de uma amizade, que nada vai estragar! Excepto, talvez, a minha cabeça desmiolada que se esqueceu do teu aniversário... Se neste momento estiveres zangada comigo, tens toda a razão! Mas, por favor, "deszanga-te" depressa!

Em tempos escreveste-me uma frase que jamais vou esquecer. Espero que não te importes que a partilhe aqui, uma vez que é tão bonita e define tão bem o que é a amizade. Então é assim:

"Que importa se rimos ou choramos, que importa se amamos ou sofremos?...Desde que continuemos uma ao lado da outra, vamos conseguir vencer o mundo!"

Não sei se vamos conseguir vencer o mundo, pois parece que este não é bem aquilo que pensamos dele quando temos 16 anos... Mas uma coisa é certa: continuo a estar ao teu lado, aconteça o que acontecer.

Obrigado R., por tudo, sobretudo por existires!

Wednesday, November 14, 2007

Ver com o coração



Hoje apeteceu-me ler um livro que me é muito especial: O Principezinho. Infelizmente não o tenho aqui comigo.

Já o li não sei quantas vezes e sempre que o leio descubro mais qualquer coisa.

Lembrei-me do segredo da raposa. Adoro essa passagem. Por isso, para matar saudades, aqui deixo o segredo da raposa:

"É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."

É fantástico como tantos anos depois continua a ser assim...


Actualizando este tão desactualizado blog!

Ora bem...tanta coisa aconteceu desde o meu último post!

Um estágio começou e acabou. Pelo meio conheci muita gente simpática, com quem aprendi muito em todas as áreas. Vi muitos doentes simpáticos e outros menos simpáticos mas todos eles me ensinaram alguma coisa. E isso foi muito enriquecedor. Sinto que nestes dois meses mudei muito. Estou mais independente, mais confiante e sobretudo mais tranquila. Durante este tempo tenho vivido numa espécie de mundo só meu, onde tudo correu bem (apesar dos meus medos!) e onde tenho sido muito feliz! Todos os dias tenho chegado a casa com a sensação de dever cumprido. Como se...tivesse ajudado alguém! E, para ser sincera, acho que todos os dias o tenho feito, quanto mais não seja por me sentar à beira da cama e simplesmente ouvir.

No entanto, enquanto habitei esse mundo só meu, não tive absolutamente NENHUMA vontade de escrever, fosse o que fosse. Foi por essa razão que não escrevi mesmo nada.

E agora, após esta reflexão pessoal tão profunda e filosófica, toca a dinamizar este blog que tem estado parado no tempo. Por minha culpa, claro!

Friday, September 7, 2007

Tiras de papel que decidem coisas

Tiras de papel com nomes, datas e sei lá que mais. Juntá-las, tirar uma ou mais e já está. Em escassos minutos tudo fica desta forma resolvido.

Por si só, a palavra sorteio desassossega-me. Transmite logo a ideia de que não há outra forma de chegar a determinada conclusão. A situação piora bastante quando os sorteados não estão presentes, tão pouco têm direito a ser ouvidos e contestar a decisão final é impensável e totalmente infrutífero. Apesar de tudo, sorteia-se...

Ora eu que nunca tive muito boa sorte nos sorteios (isto para não dizer azar), não costumo sair-me muito bem nessa área. Invariavelmente a história repete-se.

O próprio conceito de sorteio implica que a sorte de uns determine o azar de outros. Aparentemente resta-me esperar por uma nova era da minha vida em que o factor determinante não sejam os sorteios mas sim o esforço e dedicação com que fazemos as coisas.

Sunday, September 2, 2007

Para quem tem medo


Quando era miúda tinha medo do escuro. Um medo incompreensível, não relacionável com nenhum acontecimento específico e que me fazia temer a hora de dormir. Tudo servia como pretexto para adiar essa maldita hora.

Assim sendo, os meus pobres pais (sobretudo a minha mãe, pois os pais não têm muita paciência para estas mariquices) viram-se obrigados a desenvolver mecanismos de coping. A minha mãe começou por me fazer companhia. Sentava-se ao lado da minha cama numa cadeirinha de madeira vermelha com flores pintadas, tipicamente alentejana, esperando pacientemente que eu adormecesse. E eu lá me fui sentindo cada vez mais segura: que diabo!, a minha mãe estava ali para me defender, fosse lá do que fosse... A pouco e pouco vi aumentar a distância entre a minha cama e a cadeirinha, até que a cadeirinha passou para o lado de fora do quarto.

"Eu ainda aqui estou" - dizia a minha mãe para me tranquilizar. E eu confiava. Era verdade. Ela estava ali.

Entretanto eu cresci. E pouco antes de entrar para a escola primária alguém me ofereceu um boneco amoroso e muito especial. Vestia um fatinho bonito em tons de verde e azul claro com estrelinhas amarelas, bem como um gorro comprido a condizer. Tinha uma cara simpática e sorria para mim. Mas o que era realmente especial era a sua capacidade de iluminação. Eu só tinha de o apertar contra mim e ele acendia-se imediatamente. Lembro-me como se fosse hoje de tapar a cabeça com o lençol, apertar o boneco contra mim e...eis que o medo desaparecia!

Hoje em dia tenho outros medos. Tenho medo das responsabilidades, ou melhor, de não estar devidamente preparada para elas. Tenho medo do futuro e de errar em relação às escolhas que o determinam. Tenho medo de não estar à altura do que as pessoas que amo esperam de mim. Tenho medo de pessoas más e tenho medo que estas me façam mal. Tenho medo de não ser feliz e de não fazer os outros felizes.

Crescer é, sem dúvida, um processo muito duro. Os nossos pais deixam de poder estar sentados à nossa cabeceira (pelo menos não literalmente) e deixam de poder guiar os nossos passos. E aí começa para qualquer jovem um verdadeiro desafio: tornar-se adulto. Ser adulto é pensar, fazer escolhas, decidir e, como se tudo isto não bastasse, arcar com as consequências, boas ou más, das ditas escolhas. Mas ser adulto é também errar e seguir em frente, sem desanimar e aprendendo sempre com cada erro. É claro que há adultos que são tudo menos isto, pois para ser adulto basta ter idade para tal.

No meio de tudo isto uma coisa é certa: se há pessoas que nos tocam pela sua maldade, também há pessoas que nos tocam pela sua bondade, amizade, dedicação e amor. Essas pessoas merecem que eu arranje força para vencer os meus medos.

Sim... porque para os medos que eu tenho, não há boneco luminoso que aguente tanto aperto! Mas se houver, por favor avisem-me. Eu compro...

Wednesday, August 15, 2007

Camping I - o regresso

Voltei do camping. Não só sobrevivi como gostei muito. Bem...não gostei muito dos vizinhos do lado. Diziam muitos palavrões. Mesmo muitos: cerca de 5 numa frase de 6 palavras. E o cenário piorava quando chegavam bêbedos à tenda por volta das 4h. Mas enfim...foi suportável.

O camping tem coisas muito giras:


  • Deitar cedo depois de ver um bocadinho de tv no telemóvel. (Vê-se muito mal e o sono chega depressa...) Acordar cedo, com a ajuda das gaivotas e do calor na tenda, mas sem muito sono. É como pôr o prática o velhinho provérbio: deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. Não cresci mas isso será difícil...

  • Tomar o pequeno almoço ao ar livre, após ordenhar a vaquinha. Passo a explicar: a vaquinha é o pacotinho de leite, que ordenhamos através da palhinha. É uma analogia idiota mas que confere um cariz ainda mais especial ao pequeno almoço. Para mim é o melhor pequeno almoço do mundo.
  • Fazer as sandes para o almoço. Não...não é o melhor almoço do mundo. Mas houve um dia em que houve sardinhada. Mesmo com as moscas penetras, soube muito bem!
  • Rumo à praia! E viva o azul do mar, a água transparente, salgada e fresquinha! E viva também o sol quentinho, os raios UVA e UVB EXCEPTO entre as 12h e as 16h! Já agora, alguém me saber explicar porque é que as inglesas branquinhas como a cal da parede adoram o sol das horas críticas?! Para ajudar à festa não usam protector solar mas sim um óleo bronzeador. Coitaditas, nunca bronzeiam mas ficam vermelhas como lagostas e devem ter dores terríveis no dia seguinte.
  • Chegar da praia. Eis que a tenda já não está ao sol! Yeeeesssss! É a altura de correr para o banho e rezar para que a fila não seja muito extensa...
  • Pôr os cremes. Miminhos. Mais cremes. Mais miminhos. A tenda fica cheirosa e nós também. Segue-se o jantar, uma voltinha para ver as lojas, um copito ou outro e tentar dormir cedo. Não há outra opção porque as 9h estão 40ºC na tenda e as 10h esta incendeia-se...
E assim se passam os dias no camping. São dias diferentes, sem chatices, mais saudáveis e mais alegres.

Obrigado mãe Natureza!

Monday, August 6, 2007

Camping I

Amanhã vou para o camping. Diz quem sabe que levo muitas malinhas. Não, não são malas de viagem. (Apesar de também levar muitas dessas...) São malas de pôr ao ombro. Tentei abranger cada côr de roupa. Depois de algumas negociações consegui escolher só três. Mas também é compreensível, senão vejamos: lençóis, toalhas de praia, toalhas de banho, incluindo suplentes. Não vão elas cair acidentalmente no chão da casa de banho!

Acho que não tenho um espírito de campista muito desenvolvido mas tem sido suficiente para o gasto. Não sou tão corajosa como um certo amigo meu que sai de casa com três t-shirts e percorre 2600 km à boleia com camionistas simpáticos. Eu vou munida de alguns bens essenciais, tais como almofada e colchão fofinho para não bater com os banhinhas no chão duro. A lista de compras do supermercado é sui generis :

Batatas fritas de pacote, com muito sal e gordura
Barras de cereais
Cereais
Bolachas: muitas de variadas
Sumos
Pacotes de leite pequenos ou em doses individuais (no post seguinte explico a originalidade deste artigo...)
Água
Pão de forma e para cachorros
Salsichas
Patê de atum, sardinha e fígado (felizmente, só como isto uma vez por ano)
Álcool: FUNDAMENTAL
Papel higiénico
Dodots para limpar as mãozinhas...Nunca se sabe a distância da tenda à casa de banho...
Lenços de papel
Guardanapos
Fruta que não apodreça rapidamente com o calor...
1Kg de amendoins
Pratos, copos e talheres de plástico.

Sim...é um campismo algo sofisticado. Não há-de ser nada.

O meu objectivo principal é recarregar baterias para me sentir melhor, mais confiante, mais alegre, mais forte. E já agora, remover os cinzentos das minha vida. Pelo menos vou tentar.

Espero encontrar as respostas que procuro nas ondas do mar.

Tuesday, July 31, 2007

Para alguém especial...e tu sabes quem és!

O melhor das saudades é o seu final. É por isso que hoje me sinto novamente uma menina de 16 anos. A mesma idade que tinha quando conversávamos no mIRC e me disseste "gosto de ti". Ao que eu respondi com um convicto "eu também". Ao mesmo tempo os Xutos e Pontapés cantavam o Homem do Leme no meu computador. Canção esta que me diz muita coisa...

Até hoje continuo a gostar de ti, embora o sentimento tenha evoluído. O que nos une é especial e intemporal. Sei que nunca vou amar ninguém como te amo a ti. Não digo que não possa amar mais ninguém, simplesmente será diferente. Disso tenho a certeza.

Mas a finalidade deste post lamechas (e sabes bem como evito lamechices...) é dizer-te OBRIGADO! Obrigado por secares as minhas lágrimas e por me ofereceres o teu ombro, sem que seja preciso pedir, quando tudo à minha volta parece prestes a demoronar-se. Obrigado por me teres ajudado a alcançar tantos objectivos e a saltar tantos obstáculos, que sem o teu apoio me fariam desistir. Obrigado por estares sempre perto de mim, mesmo quando a distância nos separa (geograficamente, claro!).

Fico à espera que a campainha toque e sejas tu...porque hoje tenho 16 anos outra vez. Sinto um friozinho na barriga e o meu coração bate mais depressa, por ti.

Monday, July 30, 2007

Do fundo da minha alma


Ultimamente não tenho escrito nada porque, caso o fizesse, arriscar-me-ia a desenhar um enorme borrão preto...

Apesar das férias, do bom tempo, do sol e do calor, nada me faz sorrir. E isso já me começa a fazer comichões. Sinto falta de ouvir e soltar umas belas gargalhadas. E não quero de forma nenhuma tornar-me uma pessoa triste, amargurada ou deprimida. Isso é que não! No entanto, ainda não estou a ver como vou dar a volta por cima.

Tudo à minha volta está a mudar. Alguns amigos afinal não são tão amigos assim. E não há nada mais triste que perder amigos. Aliás, eu acho que na verdade nunca perdemos amigos, pois os verdadeiros amigos sê-lo-ão para todo o sempre. O grande problema são as pessoas que se disfarçam de amigos. Felizmente, há sempre os continuam a ser bons amigos, por mais tempo que passe e por maior que seja a distância que nos separe. E é tão difícil fazer e manter amigos nos dias que correm...

É por isso que tenho dificuldade em compreender como é possível fazer amigos instantâneos. Faz-me lembrar a gelatina: mistura-se o pó com a água , põe-se no frigorífico e pouco tempo depois temos uma gelatina, ou seja, um novo amigo.

E como eu dizia no início, tudo à minha volta está em constante e rápida mudança...

Neste âmbito, tenho visto acontecer outra coisa interessante. ("Interessante" é um óptimo adjectivo porque serve para tudo e não quer dizer nada...) E o interessante são adultos que se tornam jovens e jovens que se tornam adultos, tarde e cedo demais, respectivamente. E esta inversão de papéis é um fenómeno engraçado, que eu ando a tentar compreender. Parece-me que o factor determinante é aquilo a que os adultos chamam "circunstâncias da vida", que são sinónimo de "merdas que nos acontecem". Como não acontecem as mesmas merdas a toda a gente, cada um fica como cada qual. Todos diferentes e não iguais. Isso de sermos "todos diferentes, todos iguais" só é aplicável nas questões sociais, e mesmo assim é pouco aplicável...

Bom, aparentemente consegui elaborar um conjunto de palavras e com elas construir um texto. Se bem que é um texto um pouco acinzentado. A propósito de acinzentado, não pude deixar de colocar uma imagem que reflecte o que tem habitado a minha alma. Só espero que os raios de sol consigam ser mais fortes que as nuvens carregadas de escuridão...

Sunday, July 29, 2007

Saudades tuas...

Estou cheia de saudades, saudades, saudades.

Volta lá depressa...porque sem ti nada faz sentido.

Friday, July 20, 2007

Olá Joana! Tás boa?

Não há nada mais idiota do que este tipo de conversa. Falo com alguém que sabe que estou para lá de triste mas, ainda assim, consegue desenvolver uma conversa do estilo:

Interlocutor/a: Olá Joana! Tás boa?

Joana: Não.

Ao que o/a interlocutor/a responde com um sorriso tão amarelo que me dá a volta ao estômago.

Estas "cenas tristes" já aconteceram pelo menos uma vez a cada um de nós. Mas há dias em que magoam mais.

Meu Deus...o mundo era bem melhor se as pessoas não fossem hipócritas!

Friday, July 13, 2007

Duas mentiras

1. A verdade vem sempre ao de cima - Falso! Quanto mais queremos repor a verdade, mais ela se afunda.

2. Cada um tem o que merece - Ainda mais falso! As pessoas más, cruéis e mesquinhas aglutinam-se, tornam-se mais fortes e literalmente "dão cabo" da vida dos outros, sendo que estas sim permanecem felizes.

Para que este texto não seja a maior mentira do ano, aqui vos deixo uma verdade: Mais vale só que mal acompanhado.

Tuesday, July 10, 2007

Pitoresco

No nosso país acontecem coisas...como dizer?! Pitorescas?

Ora bem...como se explica que um professor que padece de uma neoplasia da laringe seja obrigado a dar aulas???!!!

Para quem não sabe esta neoplasia afecta geralmente as cordas vocais. Pois...é através delas que falamos! É, de facto, um acontecimento muito estranho. Mas o nosso primeiro ministro vai fazer umas espécie de fiscalização às juntas médicas da Caixa e "diz que" vai alterar a lei. Não sei se vai mesmo mas pelo menos pensou nisso...

E agora outra coisa gira: há um médico que ganhou 300 000 euros durante o ano de 2005. Isto dá a módica quantia de 25 000 euros por mês.

Que fique bem claro: não tenho nada contra as pessoas que ganham muito dinheiro por trabalharem muito! Aliás, nem percebo muito bem porque é que isto é notícia, uma vez que o senhor declarou os seus rendimentos ao fisco. Mas como o ordenado de um chefe de serviço é aproximadamente 5000 e qualquer coisa euros, a notícia faz furor em todos os telejornais. Se bem que faz ainda mais furor no telejornal da TVI...

Como já tive oportunidade de observar por diversas vezes há médicos que trabalham muito, outros que trabalham pouco e alguns que não trabalham nada. Portanto, se os jogadores de futebol podem ganhar exorbitâncias em 90 minutos, os médicos também podem. Sobretudo se forem bons. Quem fica a ganhar são os doentes!

Para terminar, dando um ar ainda mais pitoresco a este post: hoje vislumbrei uma cena dos "Morangos com açúcar" em que a nadadora salvadora mergulha de chapão!!!! Por favor... Não tendo nada a ver com o resto do post, não deixa de ser pitoresco!

Monday, July 9, 2007

Desapertando nós

Muitas vezes as coisas não correm como eu gostava.

Já devia estar habituada a isso porque ao longo destes curtos, mas também longos, 22 anos de vida passei por isso várias vezes.

No entanto, ainda não me habituei. Continuo a acreditar que as pessoas valem a pena, ainda que na maioria dos casos isso não aconteça.

Tenho a mania de defender aqueles que amo com unhas e dentes. Resultado: fico sem unhas e sem dentes.

Hoje estou num daqueles dias em que me sinto perdida nos meus problemas, perdida na minha vida e perdida no Mundo.

Logo eu que há algum tempo atrás sabia tão bem o que queria. Acho que ainda sei mas sinto menos força para o alcançar.

Escrever é sempre bom porque desaperta os nós que se formam na garganta das pessoas, quando estas estão tristes. Como eu estou hoje.

Saturday, July 7, 2007

Ser estudante de medicina II

Ser estudante de medicina é também estudar muito. Quando tal é preciso, é claro!

E depois de cerca de três semanas de estudo intensivo, nada melhor do que ver recompensado o esforço.

Estou quaaaaaaase de férias e hoje fui à praia.

Como foi bom encher a vista e o coração de mar. Sentir as bochechas tostadas e os ombros quentes.

Melhor ainda: mergulhar na água fria e sentir a alma refrescada. É assim que me sinto hoje: refrescada!

Tuesday, June 12, 2007

Ser estudante de medicina I

Há coisas que me tiram do sério.

Senão, vejamos:

1. Venho para Lisboa no domingo

2. Segunda feira às 9h30m apresento-me no estágio de psiquiatria. Oooops, afinal não é estágio! Temos uns seminários para apresentar, cujos temas são iguais aos das aulas teóricas. Portanto, trabalho produtivo...

3. Fico responsável por apresentar o trabalho sobre perturbações da personalidade terça feira as 9h30m.

4. Chego a casa e começo a trabalhar: estudar o tema, fazer os slides, preparar a apresentação. As 2h da manhã está tudo pronto.

5. Durmo 6 horas e vou apresentar o trabalho as 9h30m.

6. São 10h e não aparece ninguém.

7. São 10h30m e ninguém aparece.

8. São 11h e a paciência começa a escassear.

9. São 11h15 e aparece a secrectária. Ao que parece não há mesmo professor para assistir ao trabalho nem para dar aula.

10. Às 11h30m estou em casa e assim termina mais um dia de "estágio" em psiquiatria.

Agora digam-me se isto não perturba a personalidade de qualquer pessoa???!!!!

Não é o primeiro estágio em que isto acontece. Ter tempo livre é muito bom mas é quando temos planos para o aproveitar.

Mas o que realmente me revolta é que estes médicos recebem um ordenado para darem aulas e orientarem os alunos. Neste momento sinto-me tudo excepto orientada.

É uma vergonha, sobretudo se pensarmos na quantidade de portugueses desempregados e que desejam trabalhar. Viva a justiça social! Pois...essa que não existe no nosso País.

Sunday, June 10, 2007

Nem só nem mal acompanhada

Ultimamente tenho passado muito tempo sozinha. Sozinha não: comigo.

Ora quem me conhece sabe bem como eu destesto estar sozinha. Não suporto o som perturbante do silêncio... Só que desta vez foi diferente. A minha mente estabeleceu uma distância mínima de segurança e todos os maus sentimentos que associo à solidão foram barrados.

Foi assim que pela primeira vez na minha vida me senti bem sozinha. Acabei por descobrir que estar sozinha comigo não é mau de todo... Mas que não haja dúvidas! Não fui feita para viver sozinha! Ainda bem que há telemóveis que nos aproximam de quem gostamos (e de quem não gostamos também) num abrir e fechar de olhos.

Não há nada melhor que ouvir a voz das pessoas que amamos nem nada mais confortante que uma gargalhada genuína.

Andava eu a reflectir sobre isto nos intervalos do estudo... Ah, e por falar nisso, viva a Pediatria! Foi de longe a cadeira que mais gostei de estudar e confirmei a minha vocação. Em todos os bancos me imaginava a trabalhar ali! Vou continuar a sonhar com isso, pelo menos enquanto o exame da especialidade não me cortar as esperanças.

Mas voltando ao tema do post... No regresso a casa depois do exame comprei uma revista de "gajas" para ler no comboio. Dentro do género costumo escolher a Máxima. Não fala exclusivamente de sexo, homens, maquilhagem e roupa. De uma forma engraçada a revista lá mistura tudo isto e ainda alguns temas interessantes. E como me sabe bem distrair a cabeça com textos sobre o George Clooney devidamente acompanhados por imagens!

Vou desfolhando a revista e encontro uma artigo interessante sobre isto de se viver sozinho. Parece que nos EUA algo como 51% das mulheres escolhem viver sozinhas. E gostam!

(Eu não gosto mas suporto, o que já não é mau!)

Nisto, fecho a revista e vou a pensar o resto da viagem. Não, não me imagino a morar sozinha. Quero muito ser uma boa médica. Mas quero tanto ou mais ter uma família feliz. Não quero encontrar uma casa vazia quando o trabalho chegar ao fim. Quero encontrar-te a ti à minha espera... Se eu chegar primeiro, não faz mal! Espero eu! :)

É muito bom sentir que alguém gosta nós. Desta forma é impossível estar sozinha!

Não posso deixar de terminar esta dissertação sem agradecer à minha gata! Sim, essa fantástica bichaninha que responde pelo nome de Ticky Maria. Esta bela exemplar arraçada de siamês é uma óptima companhia. Depois de tantas horas a estudar comigo, a minha gata sabe de Medicina que se farta! Até hoje só adormeceu uma vez. Mas como foi em cima do livro de anatomia tem toda a minha compreensão! Ticky: obrigado pela companhia!


Wednesday, May 30, 2007

Pro-raio-que-as-parta!

Faz hoje uma semana que vivi uma das experiências mais aterradoras da minha vida. Chega a ser cómico que, depois de tantos meses a deambular (ai não! diz-se...estagiar!) pelos hospitais, seja necessário ir à consulta de comportamento alimentar no Hospital de Santa Maria para ficar arrepiada.

Mas, vendo bem, não era caso para menos. Passo a explicar. Antes da consulta, as "doentes" são chamadas para se pesarem. Já conhecendo a rotina, todas elas se apresentam com um índice de massa corporal bem inferior ao normal, ar angustiado e uma lágrima no canto do olho. Mas, umas sozinhas e outras com as mães, lá se vão pesar. Quando saem da sala de enfermagem trazem uma expressão ainda mais carregada e de infelicidade profunda. E a lágrima escorrega do canto do olho e atrás dessa vêm mais... E eu, após um longo período de observação, continuo a tentar compreender este fenómeno.

O que leva estas jovens e tantas outras mulheres a fazerem isto a si próprias? Não é preciso ter excesso de peso, nem tão pouco ser obeso. Isso também não é saudável. Mas ser infeliz é certamente muito menos saúdável.

Ainda hoje, ao pensar neste episódio, sinto pena. Muita pena mesmo. Começam por querer ser magras e fazem-no pelas mais variadas razões. Entretanto, as pessoas que as rodeiam tentam encontrar uma causa. Agora percebo que não há causa. Quando muito poderão haver factores desencadeantes, que têm nestas jovens efeitos devastadores. Mas não são esses factores que determinam a doença. São elas mesmas. Elas decidem ser magras e depois decidem ser doentes. Adoece a mente e adoece o corpo. E nem mesmo quando todos os acidentes ósseos são visíveis por cima da roupa, quase tão bem como num esqueleto, elas estão satisfeitas. E choram.

E eu sinto mais pena. E sinto também que nunca vou ser capaz de ajudar estas pessoas, simplesmente porque sem empatia não se faz nada em medicina. De facto, a ideia de ter uma consulta em que as pessoas choram antes, durante e depois da mesma, não me fascina mesmo nada...

Devia haver mais sites na internet a promover a vida e a saúde. Mas em vez disso, temos sites de anorécticas e bulímicas. São as proana e promia. Mas também podiam ser as proestúpidas, proinfelizes e proassassinas.

Eu adoro a liberdade. É sem dúvida uma das melhores conquistas do mundo mas, por vezes, faz tanta falta um pouco de censura... Talvez não censura mas, pelo menos, bom senso. Tal como o homicídio e a violação são crimes, também a promoção destas doenças o é. Espero que não haja sites a promover o homicídio nem a ensinar como praticá-lo... Mas se houver, tambem sou contra!

E portanto, daqui envio essas doentes mentais e criadoras de sites assassinos para o raio que as parta! Vão comer chocolate. O chocolate é doce e estimula a libertação de endorfinas. Mas elas não devem saber isto. Sabem muito sobre calorias mas não sabem nada da vida.

Sunday, April 29, 2007

Over The Rainbow

O que me fascina na música, qualquer que seja o género, é o efeito que ela tem em nós. Na verdade, não devia haver fado, soul, jazz, trance.Devia haver música para rir, música para chorar, música para dançar, música para namorar, música para viver, música para sonhar...

E este é o meu estilo preferido: música para sonhar. Esta é a única música que nos leva para lá da realidade, para lá do que podemos ver, tocar ou sentir.

Por isso, façam o favor de "clicar" no play e sonhar...

Saturday, April 28, 2007

A nossa Terra

Acabo de ouvir Alberto João Jardim mandar um jornalista continental para a sua terra. A terra do jornalista é, como todos sabemos, Portugal continental. E desta vez senti a mola da indignação em cheio no meu traseiro e vim até aqui...

Eu não costumo ligar ao que este senhor diz, simplesmente porque ele não me diz nada. Ele é a personificação da falta de educação, da arrogância e do preconceito. E o preconceito é algo que magoa muito. Só quem já o sentiu na pele consegue atribuir-lhe o devido valor. Eu já o senti. Por isso, posso afirmar que é algo que deixa uma marca para o resto da vida. É uma sensação de impotência. Impotência por não conseguirmos ser igual a outrém. Igual em quê? Na cor da pele, na língua que falamos, no local em que nascemos, na roupa que usamos, na profissão que exercemos. Sei lá...o preconceito pode ser qualquer coisa. Mas é coisa de mentes pequenas. E Alberto João Jardim é definitivamente uma mente muito pequenina. E o pior é que consegue transformar a mente dos madeirenses. De alguns, pelo menos... Dos mais burros e ignorantes. E gente burra e ignorante existe em todo o lado: em Portugal continental, na Madeira, nos Açores, em Espanha (esses também são jeitosos!!!!), nos EUA, em Angola, no Japão, na China... Disso não tenho dúvidas!

No entanto, Alberto João faz muito pela Madeira. Só que a Madeira não é a Terra dele. A Madeira é um bocadinho de terra, tal como a Buraca (local que também nunca visitei) e tal como Paris (já visitei e gostei muito). Quero com isto dizer que a Madeira é de todos os habitantes do planeta Terra. Porque somos todos humanos, porque somos todos iguais. Os diferentes são os preconceituosos. São pessoas que não aceitam a diferença e é por causa delas que existem tantas discórdias e guerras pela NOSSA TERRA fora.

Eu nunca fui à Madeira. Perdi a vontade desde que uma certa madeirense me chamou desonesta e mentirosa. Não por algo que eu tenha feito mas sim por ser "contnental", como ela própria salientou. Como se nascer em Coimbra tivesse sido uma escolha minha... Só que ela não passa de uma mente pequenina, tal como Alberto João Jardim e tantas outras espalhadas pela NOSSA TERRA fora!

Por isso, estou lentamente a ganhar vontade de ir a Madeira. E quando lá for, espero ter pelo menos dois ou três amigos que me recebam de braços abertos e me mostrem a beleza da ilha! Porque os verdadeiros madeirenses são como os verdadeiros continentais: cidadãos do Mundo e na nossa Terra!

Friday, April 27, 2007

Ideia brilhante

Há já uns dias atrás tive uma ideia brilhante. Mas como não ainda não tive oportunidade de a expôr, aproveito a ocasião.

Estava eu a estudar quando me ocorreu o seguinte: se cada um de nós se preocupasse com pelo menos uma pessoa, haveria maior probabilidade de existir alguém que se preocupasse connosco próprios!

Pois...isto parece confuso à primeira vista mas eu acho uma ideia engraçada. Ultimamente tenho tido muitas ideias.

E como se chama uma pessoa que tem muitas ideias?

Exacto...

Uma idiota!

Monday, April 9, 2007

Para a minha irmã

Hoje apetece-me escrever para ti. Porque às vezes é mais fácil escrever, enviar uma carta, um postal, uma mensagem. Até há quem prefira falar pelo telemóvel.

Eu não. Já me conheces, sabes que gosto de ver nas pessoas os efeitos do que digo, com os meus próprios olhos. Só que desta vez não é possível agir desta forma. Tenho receio de falar contigo, da tua reacção, de olhar para ti. Se ao menos soubesses como me custa olhar para ti...

Quando olho, não te vejo. Procuro, procuro, procuro mas...não te encontro! Tenho tantas saudades tuas. Saudades de te ver sorrir, de ouvir as tuas gargalhadas, de te ouvir cantar, nem que sejam karaokes horríveis da Floribela (baixa essa m*rda que eu estou a estudar, lembras-te?). Tenho saudades da tua alegria. Sim, porque tu eras uma pessoa alegre. Eras uma chatinha muito bem disposta. Até disso tenho saudades!

Sempre foste uma rapariga bonita, desde bébé. Mas a história é sempre a mesma: são as raparigas bonitas que se acham feias. Não percebem que de nada serve ter um corpo ou uma cara perfeita. O factor determinante é o que está dentro de nós. É a nossa essência.

Hoje em dia és uma sombra de ti própria. A tua essência anda por aí perdida...Já não sei que mais posso dizer para te ajudar. Esgotei todos os meus recursos. Na verdade, acho que já não tenho nada para te dizer acerca do teu problema. Eu sei que estás doente. Mas nem tudo se resume a isso. No teu íntimo escolheste sofrer e ainda não percebeste o quanto fazes sofrer as pessoas que te amam.

Resta-me dizer que te adoro. E é precisamente por isso que, por vezes, sinto necessidade de me afastar de ti. Porque sei que não consigo ajudar-te mas também não consigo ver-te nesse processo de auto-destruição.

Não perdi ainda a esperança de te ver feliz. Mas para isso, não podes desistir. Só dependes de ti mesma e não podes ceder ao desespero. Como em tudo na vida, o bem tem que vencer o mal.

Eu fico à espera que isso aconteça. Para podermos voltar a comer massa com atum, a tua especialidade! :)

Serás sempre a minha irmã preferida. Não por seres a única mas sim por seres especial.

E para terminar, faço-te um pedido:

Procura um grande amor mas nunca te esqueças: em primeiro lugar tem um caso de amor contigo própria!

A matemática da vida

A matemática da vida é a matemática da emoção, que não dá resto zero e que rompe a regra da lógica. Nesta matemática, só se aprende a multiplicar quando se aprende a dividir, só se consegue ganhar quando se aprende a perder, só se consegue receber quando se aprende a dar.

in Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes

(Um livro cheio de mensagens bonitas, que se alojam em qualquer coração! Só podia ter sido emprestado por uma amiga especial!)


Sunday, April 1, 2007

O melhor (ou pior) português de sempre

Faz hoje uma semana que Salazar foi eleito, DEMOCRATICAMENTE, para alguma coisa pelos portugueses. Felizmente foi no âmbito de um programa de entretenimento! É que se fosse para um cargo político tinhamos que acabar com os nossos blogs!

Agora...o que eu não percebo é o seguinte: que raio de povo somos nós que fazemos revoluções para derrubar um regime criado por este senhor e anos mais tarde dizemos que ele foi o melhor?

Isto foi uma falta de respeito por todos os que lutaram pela nossa liberdade. As pessoas que votaram não devem ter sido presos políticos, pois se o tivessem sido provavelmente não tinham dedinhos suficientes para telefonar ou escrever mensagens...

E se... (I)

E se...com o sol da Primavera chegassem também dias melhores, mais luminosos e com menos problemas?

E se...a vida fosse mais simples ou nós, seres humanos, tivessemos a capacidade de a simplificar?

E se...pudessemos abrir a nossa caixa craniana, tirar de lá todas as ideias más ou tudo o que nos aborrece e deixar só coisas boas?

E se...não fossemos obrigados a cumprir obrigações e fizessemos só aquilo que nos apetece?

Sim...viveríamos numa utopia mas seríamos muito mais livres. Sempre detestei convenções... E por falar nisso vou fazer mais uma convenção! Porque uma convenção é isto mesmo: fazer algo que não sentimos que devemos fazer mas que fazemos sempre.

Thursday, March 15, 2007

O homem do ano

Ultimamente tenho tido bastante tempo livre. Como não estou habituada a tanta "fartura" de tempo livre, dedico-me às mais variadas actividades lúdicas. A saber: não fazer nada, passear, apanhar muito sol (sabe tão bem...), pensar na vida (nem sempre sabe bem!), ver muita televisão, filmes e.......... séries!
E por falar em séries, tenho uma confissão a fazer: estou apaixonada! Eu que nunca gostei muito de actores, fossem eles de telenovelas, filmes ou séries. Mas desta vez é diferente. Além de viciada na série Prison Break, fico vidrada (e isto não é uma hipérbole, fico mesmo vidrada) no protagonista. O fantástico: Wentworth Miller. Qual Tom Cruise, Brad Pitt ou Rodrigo Santoro. Qualquer um destes é nada mais que "razoavelzinho" comparado com o Scofield! Antes de mais, e para verem que não minto, observem bem a fotografia!
É assim: o rapaz tem uns olhos lindos, um rosto tão perfeitinho que até parece desenhado e para finalizar em grande...tem aqueles braços!É aquele tipo de braços que faz qualquer rapariga ter vontade de ser abraçada! O cabelo poderia ser um pouco mais comprido mas compreende-se que um prisioneiro condenado tem de o usar rapado. As tatuagens também são dispensáveis mas bolas!, sem elas ele não foge da prisão! E não queremos afinal vê-lo em liberdade? ;)

Como se tudo isto não bastasse, é licenciado em Literatura Inglesa, o que só mostra que além dos atributos já descritos deve ser também culto, inteligente e sensível...
É claro que o meu problema é simplesmente demasiado tempo livre. Até tenho tempo para paixões televisivas e platónicas! Como se eu não fosse já completamente apaixonada pelo homem da minha vida...

Ai,ai...este Wentworth Miller é mesmo GIRO! (Ver a fotografia de novo, desta vez com mais atenção!)





Wednesday, March 7, 2007

Isto dá que pensar...

Hoje tive vontade de ajudar uma pessoa. Curiosamente é alguém que eu não conheço de lado nenhum, com quem nunca falei e nem me lembro do seu nome. Aliás, nem foi a mim que este "alguém" pediu ajuda...

A verdade é que tudo isto é completamente insignificante quando ouvimos um pedido de ajuda tão sentido. Eu já vi alguns doentes em estado terminal mas nunca tinha ouvido ninguém pedir ajuda para morrer. Foi muito...estranho. E esta talvez não seja a palavra mais indicada para descrever a sensação que tive. Fiquei com calor e logo depois com frio. Um frio terrível, que me fez ter vontade de voltar para casa a correr e nunca mais entrar num hospital.

Ora bem...isto vindo de mim, uma pessoa que quer ser médica desde que se lembra de ser gente, pode parecer inexplicável. Depois de tanto estudo, de tantos exames e de alguns estágios chatos, senti vontade de largar tudo e ser outra coisa qualquer...estilo jardineira! Isto porque por mais dentologia, bioética e direito médico que me ensinem, ninguém me preparou para ouvir isto! Pensando bem, não sei se há maneira de nos prepararem para isto. E mesmo que houvesse, provavelmente não funcionava comigo.

Parece-me que não tenho estômago para ver estes doentes, o que só prova que sou mais fraca e menos corajosa que eles. É muito difícil ver um doente sofrer tanto, ter tantas dores e não poder fazer nada para ajudar, além de aumentar a dose de opiáceos (ajudam a diminuir as dores) e benzodiazepinas (dão sono). Este é o lado mau da Medicina: não poder fazer curar. Seria bom que o nosso ministro da Saúde não afastasse as urgências dos nossos doentes, para que estes não fiquem mais doentes só de pensarem na distância a que se encontram de um hospital... E sobretudo para que não adiem a ida ao médico, nem que seja para terem a certeza de que está tudo bem! Isto é que seria um serviço de saúde UNIVERSAL!

E dei comigo a pensar na Lei. A nossa Lei e o Códido Deontológico proibem a eutanásia. Por um lado: ainda bem! Por outro: ainda mal! Foi então que percebi que não tenho opinião sobre este assunto. Não tenho e não sei se quero ter. Mas sei que nunca me sentirei com poder para "ajudar" alguém a morrer, apesar do pedido de ajuda que ouvi hoje me ter ido directo ao coração...

Portanto, continuo cheia de dúvidas. E nem escrever me "desbaralhou".

Sunday, February 25, 2007

Há dias assim...não são bons nem maus. São nada de jeito.

Por isso, aqui fica um post a condizer: nada de jeito.

Thursday, February 22, 2007

Já vi um Rocky


Ontem fui ver o Rocky. Não posso dizer que fui de livre e espontânea vontade porque estaria a mentir!

Nunca tinha visto nenhum Rocky, o que é incrível dada a quantidade de Rockys que existem! É daqueles filmes que encontro ocasionalmente durante os meus "zappings" e geralmente prossigo o dito "zapping" sem exitar. Mas enfim...lá fui ver o filme. São sacrifícios que fazemos pelas pessoas de quem gostamos.

Quanto ao filme: o argumento não é nada por aí além, o filme parece saído directamente dos anos 70 (vá, anos 80 com muito boa vontade) e o melhor intérprete é o cãozito que acompanha o Rocky nos treinos! Sim, este simpático rafeiro que está na foto!

No entanto, tenho que confessar que algo me agradou neste filme. Foi o prazer com Sylvester Stallone interpreta este papel. Não sei se o mesmo acontece em todos os filmes mas o carinho com que veste a pele da personagem fez-me apreciar o filme. Voltei para casa a pensar que o empenho e a dedicação com que fazemos as coisas valem tanto ou mais que o talento!

Mesmo não sendo um graaande filme vale pela mensagem:

Never give up.
And never stop believing.

E mai nada!


Wednesday, February 21, 2007

Tufas?

Eu tufo!

E tu? Tufas?

lol...

(Palavra gira esta...E tem várias interpretações!!! Não se fiquem pela mais simples,ok?)

Saturday, February 17, 2007

As verdadeiras vítimas da moda

Fátima Lopes, a estilista, conseguiu fazer um desfile de moda em Istambul. Uauuuu!!! Acabo de vê-la completamente histérica na televisão por ser conhecida na Turquia. Tão histérica que o próprio programa gozava com o entusiasmo dela.

Esta senhora irrita-me imensooooo e esta minha opinião não é de todo imparcial.

Primeiro: as roupas dela são horríveis! O preto e as cores tristes predominam, assim como as tiras de tecido a cobrirem apenas os mamilos das modelos. E não havia uma única peça que não fosse recortada, com formatos estranhos. Não sei como é que alguém pode gostar daquelas roupas e duvido que alguma amiga minha fosse capaz de usar aquilo...

Segundo: ela parece uma bruxa! É muito branca (disso ela não tem culpa mas devia ir ao médico, pois pode ser uma anemia...), sempre vestida de preto, com cortes de cabelo feios e um intenso risco preto nos olhos. Está bem que é o gosto dela mas já que é estilista podia variar um pouco.

Terceiro: ela é a favor das peles de animais! Este é o pior defeito dela...Como é possível que em pleno 2007 existam pessoas assim. Que mal lhe fizeram os bichinhos? Parece que ela acha bem matá-los à paulada ou esfolá-los vivos para não lhes estragar a pele. Isto leva-me a concluir que ela é uma péssima estilista. Aparentemente não tem imaginação nem talento suficientes para conceber roupinhas bonitas sem magoar os animais.

O intuito deste post não é de forma alguma dizer mal da Fátima Lopes, se bem que até me soube bem "cascar um pouquinho na casaca dela"... O que eu pretendo mesmo é chamar a atenção para este problema grave, que considero evitável.

Parece que existem em Portugal quintas de criação de coelhos para extracção e uso do seu pêlo. Consta que as coelhas são submetidas a inseminação artificial! Eu fiquei chocada! Quem quiser saber mais consulte o site: www.animal.org.pt.

Eles são um pouco radicais em relação à experimentação animal e à alimentação. Apesar de ser preciso matar animais para isso, não é por um motivo tão fútil como fazer estolas e malas...

Portanto, parece que as verdadeiras vítimas da moda são os animais, para além das anoréticas claro! Essas ficam para outro post...

Acho que podemos contribuir um pouco para mudar esta realidade tão triste! Eu cá não visto nem compro nada que seja feito com pele de animais! E as Fátimas Lopes deste Mundo deviam fazer o mesmo...Ele há pessoas mesmo fúteis!

Voltei!

Já não escrevo nada no meu jovem "bloguezinho" há mais de um mês!!!De início não foi por culpa minha porque aquela gripe chata dos meses frios simpatizou comigo e colou-se a mim. Se não fossem a febre, a tosse, as dores de garganta e no corpo todo, talvez tivesse apreciado mais aquela semana ociosa no meu sofá...Mas enfim, já passou!

Depois disso, foram os exames e...bem, aqui começo a ter alguma culpa!É incrível como depois de 16 anos de escolaridade, continuo a ser stressada!!Assim que o trabalho começa a apertar e chegam os exames, fico sem sem vontade e sem cabeça para mais nada!Ando preocupada, impaciente, aborrecida por ter de estudar e não poder sair muito de casa.E eu devia mudar isso!Devia mesmo...de certeza que até estudava melhor!O problema é que, apesar de ter consciência disto tudo, não consigo...Até fico irritada comigo mesma, o que me leva à questão essencial: sou uma stressada!Se calhar já não há nada a fazer mas aqui fica publicada a minha sincera vontade de mudar...Aceito sugestões! ;)

Entretanto, durante esta minha ausência, tive vontade de abordar alguns assuntos, como por exemplo o "aborto", "desmancho", "interrupção voluntária da gravidez", enfim...o que lhe quiserem chamar!!!O que é certo é que o tema está na moda e eu adorei ver políticos, actores e actrizes, músicos, médicos, jornalistas, escritores, advogados, e sei lá que mais, a exporem os seus sentimentos sem tabus, independentemente das suas opiniões. Finalmente, houve interesse por alguma coisa neste país, se bem que lá mais para o fim do debate eu já não aguentava mais argumentos... Fui votar SIM pelas "Joanas" e "Vanessas" deste país! Se com isto evitarmos o sofrimento de pelo menos uma criança, já fico feliz.Vamos lá ver se o Sócrates tem coragem de fazer alguma coisa, além de aumentar os impostos...

Ah, e aproveito este espaço para dizer à actriz Ana Brito e Cunha, a Bárbara da telenovela Jura (que eu nunca vejo, mas sei que ela se chama assim porque li numa revista), que ao 24º dia de gestação o coração do embrião é constituído pela união de dois "tubinhos", que sem dúvida não asseguram a sua sobrevivência imediata! Tudo bem, já sabemos que é uma vida que se inicia mas não gosto que usem estes argumentos científicos, quando a pessoa que os usa não sabe muito bem o que está a dizer...Respeito todas as opiniões mas "cada macaco no seu galho"!

Outra coisa, para quem não sabe: o Estado Português oferece (oferece mesmo, é grátis, à borla!!!!) anti-retrovíricos aos doente com SIDA. É sem dúvida uma medida que visa manter saúde pública mas que sai do bolso de todos os contribuintes. Por isso, essas pessoas que andam por aí a espalhar o pânico de que a interrupção voluntária da gravidez vai acabar com a nossa já débil situação económica deviam parar para pensar!Não só na questão da SIDA mas também na dos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (a comum bronquite). Muitos deste doentes era fumadores de muitos maços de tabaco e assim destruíram os seus pulmões, pelo que precisam de andar com uma botija de oxigénio. Quem paga pelo menos 80% do preço das botijas? É o Estado! Portanto, se o Estado gasta tanto dinheiro nisto e em tantas outras coisas desnecessárias, porque não pode ajudar as mulheres que precisam?

E para terminar, apelo a todas as mulheres e a todos os homens: sejam responsáveis em tudo o que fazem!

Sunday, January 14, 2007

Cinco Sentidos

Ensinam-nos desde a escola primária que temos cinco sentidos: o tacto, o olfacto, a audição, a visão e o paladar. Ao mesmo tempo querem que acreditemos que através destes cinco sentidos reconhecemos outras pessoas e as características do nosso ambiente. Está bem. Mas eu não acredito nisso... Os invisuais,por exemplo, reconhecem pessoas sem as ouvirem ou sequer cheirarem! Além disso, quantas vezes já tivemos aquele pressentimento, aquele "friozinho" no estômago perante alguém ou alguma situação? Quantas vezes já tomámos decisões baseadas apenas no que sentimos "naquele momento"? Eu já tomei muitas! E garanto-vos que não foi apenas por ver ou cheirar melhor.
Nós, raça humana e talvez mesmo os animais, temos mais qualquer coisa (e não, não é o sexto sentido das mulheres!). Temos sentimentos, expectativas, emoções, pressentimentos, palpites. E não são eles tão ou mais importantes que os outros sentidos? É por isso que não gosto desta definição tão biólogica. Se ela fosse totalmente verdadeira, seríamos seres vivos muito incompletos e muito tristes também...
É como diz uma das minhas músicas preferidas:
" É por tudo o que
em nós corre
que se vive e que se morre"

P.S. - Agora que criei o meu blog posso continuar a escrever e partilhar todas as tolices (e não só) há muito guardadas no meu computador! :)