Repararam que não fiz um post sobre o Dia dos Namorados?
Existe uma razão válida para tal: "dia" dos namorados é algo que não existe. Ainda se fosse um dia para amar, um dia para estarmos com a pessoa que amamos (não com amor de mãe,pai, irmãos ou avós...), um dia daqueles em que tudo é cor-de-rosa desde que acordamos até que adormecemos apenas porque a pessoa x existe, um dia em somos tão felizes que o mundo à nossa volta pára só para que possamos ser felizes em paz. Mas não!
Para muitas pessoas, o dia dos Namorados é aquele dia em é suposto lembrarmo-nos que é Dia dos Namorados, dar e receber uma prenda, jantar fora, fazer juras de amor eterno, quem sabe dar uma queca e pronto...eis que chega ao fim o Dia dos Namorados e resta esperar que chegue o mesmo dia no ano que vem. Como se isto não bastasse, temos que gramar os enfeites em forma de coração espalhados pelas montras de tudo quanto é loja, supermercado, papelaria, talho e peixaria.
A propósito de juras de amor (já que foi por esta razão que me sentei a escrever este post absolutamente nada romântico), devo dizer que as acho um grande disparate. Não gosto nada daquelas frases feitas, do género:
"Vou amar-te para sempre" ou...
"Não há amor como o nosso" ou... "
O nosso amor vai durar para sempre".
Podemos lá prometer a alguém que vamos amar esse alguém para sempre?! Claro que não! Podemos prometer que amamos agora, em qualquer agora que seja: ontem, hoje ou amanhã. Mas prometer só no presente. E ninguém me vai convencer do contrário. Sim...sou teimosa!
O amor tem que ser muito mais que isto e existe para que possamos aproveitá-lo e saboreá-lo a cada beijo trocado, para que possamos vivê-lo todos os dias, um bocadinho de cada vez. Eu acredito que todos os dias o amor pode ser sentido de forma diferente, mesmo quando se namora há vários anos. Porque o amor verdadeiro é como uma flôr: exige cuidados diários e cresce todos os dias, mesmo que não se veja.