Wednesday, May 6, 2009

À deriva

Não tenho tido tempo para postar, nem para descansar, nem para respirar, nem para parar. O tempo não me falta apenas porque tenho trabalhado muito. Falta-me porque eu faço de propósito. Na verdade, eu esforço-me para não ter tempo livre. Quando não estou a trabalhar estou no ginásio, estou em casa a fazer mil e uma coisas (passar roupa, limpar o pó, fazer a cama mesmo que não seja preciso), estou no café sozinha ou acompanhada, estou a correr para qualquer lado ou a pensar em fazer qualquer coisa que não seja estar parada. Porque parar 30 segundos é tempo suficiente para eu começar a pensar em tudo o que chateia, me preocupa e me faz ter vontade de voltar a ter 10 anos.

Pode até ser que não isto não resolva os meus problemas mas estou deserta que venha o tempo dos pêssegos, das meloas doces, das melancias e das cerejas.

Thursday, April 16, 2009

Save me



E quem, de quando em vez, não precisa de ser salvo: atire a primeira pedra!

Wednesday, March 25, 2009

Se o dinheiro pode comprar, então não é importante!

Ontem fui pagar o imposto automóvel da minha viatura. Quando o xoninhas das finanças me disse o valor do mesmo quase tive uma paragem cardiorespiratória: cento e vinte e sete euros!

Quanto a mim: É MUITO!

Fiquei mesmo aborrecida com o mundo em geral, e com o minitsro das finanças em particular, e recorri a um cházinho de tília e um scone quentinho para continuar a funcionar com mais tranquilidade durante o resto da tarde.

Como sempre acontece a Dona Maria Armanda do café das Amigas reparou logo que eu não estava bem disposta. Lá lhe contei o que me apoquentava, ao que ela respondeu:

- Filha, se se trata de uma coisa que o dinheiro pode comprar, então não é importante!

A Maria Armanda tem toda a razão.

Friday, March 20, 2009

O Papa e o preservativo, ou a ausência do mesmo...

O Papa é contra o preservativo. Eu também sou contra um monte de coisas. A diferença é que eu não ando por aí a incitar o suicídio em massa nem a propagação de doenças infecto-contagiosas potencialmente mortais.

Acho absolutamente deplorável, lamentável e inaceitável que alguém tenha coragem, ainda mais em representação da Igreja, de proferir tamanhas barbaridades. Sobretudo quando se ostenta uma fatiota cuja valor comercial deve ser suficiente para medicar uma série de crianças com SIDA e evitar que outras tantas morram de fome. Para confirmar, é só ver a fotografia e ler a notícia aqui.

Será que o senhor Papa sabe que em África há mães que têm de escolher entre alimentar os seus filhos com leite infectado pelo HIV ou deixá-los morrer de fome? Eu espero que ele não saiba, pois só assim posso sequer considerar que interpretei mal as suas palavras.

Tenho a certeza que Deus, se Ele existir mesmo como a Igreja o descreve e onde quer que Ele esteja, não concorda com isto. O meu Deus não é a favor do sofrimento, da doença, da fome e da miséria. E por isso, acho que o Vaticano, o Papa Bento XIV e todos os mais altos representantes da Igreja Católica andam a enganar-se a si próprios e acham que enganam os católicos em geral. Possivelmente enganam alguns, nomeadamente aqueles menos iluminados que acreditam em tudo o que lhes impingem, sem sequer questionarem o bem, o mal ou o disparate. Caberá na cabeça de alguém que o acto sexual só deva ser praticado com o intuito de procriar? E que abstinência seja a solução para a epidemia do HIV?

Na minha cabeça não cabe nada disto, nem há lugar para fanatismos disparatados. Tão pouco considero que nós, seres humanos, sejamos tão pouco evoluídos como simples cães, gatos ou coelhos.

E já agora, onde fica o amor no meio disto tudo? Onde fica o respeito pelo próximo e a dignidade da relação humana?

Sunday, March 15, 2009

Não estou a perder qualidades!

Ah,ah, finalmente: uma bebedeira como antigamente!

Depois de várias garrafas de vinho, muita comidinha chinesa (tão chinesa que não sei dizer o nome dos pratos mas sei descrevê-los), muitas viagens de táxi, noite bem passada na disco com muita música boa (anos 80 a bombar!) e gajos chatos a fazerem-se ao piso, descobriram-me as seguintes verdades que, na verdade, são mentira:

1. Eu sou casada.

2. O meu primeiro filho vai chamar-se Luís Filipe. Se fôr filha será Matilde. E não me venham dizer que é betinho!

Eu pensava que estava a perder qualidades, tamanho tem sido o tédio que tomou conta da minha vida social desde que comecei a trabalhar, e previa já um domingo mal passado com a boca a saber a papel de música e a cabeça a latejar. Mas não. Nem ressaca, nem nada!

Venham mais festas de anos ou por qualquer outro motivo!

Wednesday, March 11, 2009

Mais não, por favor!

Julgo ser esta a primeira vez que, neste blogue, falo de futebol. Fico contente com as vitórias do meu clube, não me exalto muito com as derrotas, não fico histérica, não acendo velas e, portanto, não sou fanática. Mas desta vez isto doeu-me um bocado.

Ainda assim, não tenho muito a dizer. É só isto: mais jogos com o Bayern não, por favor! Cada golo foi uma facadinha no coração e, feitas as dolorosas contas, foram muitas facadinhas no espaço de uma semana.

Uma palavrinha para o Miguel Veloso: que tal menos conversa e mais futebol? Acho que o pobre coitado está muito confuso com a sua situação no Sporting.

Espero que nos próximos dias haja mais estaladas e contradições a respeito da Carolina Salgado. Assim sempre penso menos no Sporting, ainda que seja igualmente desagradável pensar no FCP ou no Pinto da Costa. Mas enfim...com a vergonha dos outros posso eu bem e, apesar de tudo, prefiro a minha.

Monday, March 9, 2009

O dinheiro não compra tudo. Confere...

Nestes últimos meses conheci e cruzei-me diariamente com centenas de pessoas, nomeadamente colegas de trabalho, funcionários do hospital, doentes, familiares dos doentes, amigos e amigas.

E é com muito espanto que verifico que a minha avó tem toda a razão quando me diz que o dinheiro não compra tudo, nomeadamente a educação e já para não falar da saúde e da felicidade. Fico um pouco supreendida com isto porque, apesar de não ter dúvidas de que o dinheiro não compra de forma alguma tudo, sempre pensei que facilitasse alguma coisa.

De acordo com a minha experiência só posso concluir que quanto maior é a conta bancária, quanto maior é a demonstração pública de riqueza e de posse de bens (sempre materiais, pois este tipo de gente não conhece outros), maior é também a falta de educação e a palermice generalizada.

Estaria a ser muito hipócrita se dissesse que não desejo ter à minha disposição dinheiro suficiente para as minhas coisinhas e para as coisinhas dos meus entes mais queridos, para os quais tenho comprado com muito gosto prendas de aniversário e outros mimos que, até há pouco tempo, não estavam ao meu alcance. Só não desejo é que, por nenhuma razão do mundo, a falta de educação que por aí anda nunca me suba à cabeça...