Wednesday, December 31, 2008

Sobre a passagem de ano (Yupiiiiiiiiiii)

A minha falta de entusiasmo relativamente à passagem de ano é anual e, como tal, repete-se todos os anos.

No fundo, acho que não estou entusiasmada porque não gosto de festejar seja o que for por obrigação. Para mim a passagem de ano é totalmente o oposto do Natal. No Natal é o ambiente que nos faz sentir bem, que nos aquece o coração e nos faz sentir felizes. Na passagem de ano temos que ser nós a criar um ambiente de festa que em pouco mais de 10 segundos (este ano 11 segundos) se desvanece, a menos que a concentração de álcool no sangue perpetue a alegria. E já lá vai o tempo em que eram precisas duas semanas para convencer os pais a permitirem que passasse tão ilustre noite em casa de alguém que eles nunca conheciam suficientemente bem ou numa escola primária "alugada" para duas dezenas de adolescentes com as hormonas aos saltos.

(Ups, de repenti-me senti-me mais velha...)

Não tenho nada contra o novo ano que aí vem. Ao contrário da maioria das pessoas, até estou optimista. Tenho vontade de pôr a mão na massa (trabalhar), sinto-me feliz com as conquistas que fiz ao longo do ano e tenho esperança que tudo corra bem com as pessoas que me são queridas. Simplesmente não me apetece festejar.

Ainda por cima está a chover. E a chuva deixa-me sempre tristonha e com vontade de ficar em casa a beber chocolate quente com o nariz encostado ao vidro da janela.

Não me perguntem mais porque não gosto da passagem de ano. Não gosto e pronto.

Sunday, December 28, 2008

Eu espero



Eu pessoalmente não espero nada. Aliás, até espero. Espero que a minha vida siga o rumo que este livro descreve.

"Eu espero" é o nome de um livro que, por sua vez, foi a prenda de Natal mais bonita que vi este ano, apesar de não ser minha.

É um livro que conta a história da nossa vida. A história que invariavelmente todos estamos a viver, quer queiramos quer não.

É um livro obrigatório que devemos colocar na nossa estante quanto antes e na nossa memória também.

Para quem quer saber mais e acredita em mim, é favor clicar aqui.

Espero um Ano Novo feliz para todos nós!

Wednesday, December 24, 2008

Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela?

Andava eu hoje a ultimar uns preparativos para o Natal quando vejo do outro lado da estrada uma amiga que em tempos me foi muito querida e de quem gostava muito. Alguém que um dia me chamava piolhito e que me dizia que não conseguimos tirar da cabeça aquilo que temos guardado no coração.

Eu acreditava nela. Está comprovado que sofro de estupidez crónica, uma patologia que se manifesta repetidamente sob a forma de um sinal: sentimento de imbecilidade perante a ausência de significado dum conjunto de palavras que, por sua vez, resultam numa frase que, ainda que bonita, não passa duma mentirinha piedosa.

Posso ter-me enganado mas tive a sensação que essa minha amiga fingiu que não me viu, apesar de ter atravessado a estrada e ter passado a menos de um metro de mim. Entretanto, não sei se foi por vontade própria ou por força das circunstâncias mas lá me cumprimentou. Foi tudo tão frio e pareceu-me tão forçado que não pude deixar de me sentir triste. Tão triste como quando ela me prometia que iamos beber café, daqueles cafés que se bebem daqui a uma semana e que mesmo quando são devidamente combinados eram desmarcados por ela por uma qualquer razão.

Pior que um amor não correspondido, só mesmo uma amizade não correspondida.

Ainda passei umas horas a pensar nisto e cheguei à conclusão que esta minha amiga não ficou feliz por me ver nem manifestou vontade de me ver tão cedo. Tão pouco me desejou um Feliz Natal e eu fui incapaz de fazer conversa. Pergunto-me se, um dia, também eu deixarei de ter vontade de a ver. Não...eu sofro de estupidez crónica.

Em compensação atendi esta semana um telefonema que me deixou perplexa e feliz ao mesmo tempo. Era uma amiga que pensava perdida mas que afinal ainda se lembra de mim. Espero que seja o reatar de uma amizade que ficou pendente, pois afinal eramos colegas de risota no instituto e aprendemos a fumar juntas. Fiquei de lhe ligar para irmos beber café. Vou ligar-lhe. E não será para a semana.

Os verdadeiros queridos...

Gosto muito do Natal. Gosto muito dos doces da minha avó. Gosto muito de dar e receber presentes. Gosto muito de estar com a família e este ano dou ainda mais valor ao tempo de que disponho para estar com todos os que mais amo, sem pressas, sem pressões, sem sentimentos de culpa.

Mas o que mais gostei este ano foi de ver um ou dois episódios daquele programa chamado "Querido, mudei a casa!". Sim, aquele programa de decoração que passa na SIC Mulher durante todo o ano, cujo objectivo é remodelar quartos, salas, cozinhas e jardins de quem mais precisa ou de quem não precisa assim tanto, o que não interessa para o caso. O que interessa é que estes queridos, comandados pela Sofia Carvalho (directora da SIC Mulher) e sempre orientados por um/uma decoradora, andaram por aí a semear sorrisoa. Sorrisos esses que valem ouro quando estampados no rosto das crianças que não sabem o que é ter uma família, doces ou presentes mas que sabem bem o que é viver numa instituição ou ser portador de uma deficiência grave.

Não sei quem paga aos queridos ou à amiga Sofia. Talvez seja apenas uma questão de publicidade. Se assim for, espero que continue a haver muita publicidade da boa, daquela que financia os sorrisos que vi nestes programas de Natal. Mesmo as crianças que devido à sua doença não podem rir nem falar conseguiram manifestar claramente a sua felicidade através do seu olhar. Acho que isto sim é o verdadeiro espírito do Natal. Não me importava de ser "um querido" nesta altura do ano e acho que "os queridos" merecem um grande beijinho de agradecimento.

Desejo a todos um Santo Natal e que cada um de nós consiga ser o responsável por pelo menos um sorriso em cada rosto.

Thursday, December 18, 2008

Vamos beber café? Sim mas...para a semana!

Este post é dedicado aos vários "amigos" e "amigas" que me dizem, sempre pelo msn ou por mensagem ou por telefone que: temos de ir beber café para a semana. Só para esclarecer as coisas: caríssimos, uma semana são 7 dias! Não são 3, nem 4, nem 6 meses! No caso mais extremo, uma semana já equivale a quase 2 anos.

É que acho isto uma parvoíce. Parece-me que quando as pessoas se querem ver, querem conviver, sair, ir ao cinema ou ao futebol, beber um copo, wathever...simplesmente vão! Não avisam com meses ou anos de antecedência, nem inventam milhentas desculpas esfarrapadas.

Já aqui escrevi uma vez sobre as palavras. As palavras que dizemos são apenas as palavras que dizemos. E como podemos dizer as palavras que quisermos e quando quisermos, elas valem o que valem. Para mim valem muito pouco ou nada.

Portanto, aqui vos deixo uma sugestão: não digam que vão fazer. Façam! Isto porque, quando olhamos para trás não nos lembramos de mensagens ou telefonemas. Lembramo-nos de caras, de sítios e de momentos.

Nos últimos dois anos da minha vida, tentei aprender a fazer aquilo que chama "tirar a fruta podre da cesta". Expressão esta que ouvi pela primeira vez da boca de uma certa fruta podre (mesmo muito podre e mentirosa) que fingia ter leucemia para não perder o namorado nem a atenção dos amigos. Realmente eu conheço muita gente espectacular! Se eu tivesse estudado o Harrisson mais cedo, tera identificado a mentira mais precocemente! Ora esta querida, que andou durante muito tempo a brincar com coisas sérias achava que devíamos tirar a fruta podre da cesta, que é como quem diz os "amigos" que não são amigos. Na altura achei isto um bocado radical. Ainda acho. Penso que sempre que as pessoas valem mais do que aquilo que eu consigo ver. Portanto, pode concluir-se que não aprendi nada. Não consigo excluir ninguém com facilidade mas consigo afastar-me e proteger-me desses palermas que para aí andam a fazer de conta que são meus amigos. Até que eles percebam que não precisam de fazer de conta.

Wednesday, December 17, 2008

Contrariedades

As contrariedades são uma chatice, sobretudo quando não estamos à espera delas.

Eu estava à espera de ir trabalhar durante o próximo ano para determinado hospital. Queria conhecer um serviço de Pediatria em que nunca tivesse estado e queria ver caras novas. Pela primeira vez na minha vida estava confiante em relação a alguma coisa. Uma coisa que, possivelmente também pela primeira vez, não consegui.

Fiquei um bocado desiludida com o conceito daquele famoso livro chamado "O Segredo". Pelos vistos, as leis do Universo não funcionam comigo ou então funcionam ao contrário. Existe ainda a hipótese de que eu não ter utilizado convenientemente o conceito, uma vez que, apesar de ter tentado, não consegui ler o livro. Não gostei particularmente da forma como está escrito e por isso só ouvi a história. Se calhar foi isso que correu mal. Ou se calhar foi só Deus a escrever direito por linhas tortas. O melhor é aceitar aquilo que a vida nos dé e ultrapassar, sempre com um sorriso no rosto, as malditas contrariedades.

Confesso que primeiro fiquei triste, depois furiosa, depois frustrada e agora encontro-me conformada e animada. Não vale a pena ficar triste, nem tão pouco frustrada, nem sequer ligeiramente aborrecida. Caras novas devo ver em todo o lado e as caras velhas e caras novas que não interessam passar-me-ão ao lado. A minha prioridade é aprender, divertir-me e apreciar cada momento daquilo que vou fazer. Afinal, vou finalmente ser médica. Com todos as vantagens e desvantagens que isso traz. Com todas as responsabilidades. E com todos os medos.

Thursday, December 4, 2008

Este é o resultado de estar de férias em Dezembro, enquanto o resto do mundo trabalha...

Eu sou assim desde criança. Antes de começarem as férias, quando o trabalho, as responsabilidades ou o estudo apertam, eu passo horas acordada a sonhar com as férias. Infelizmente, quando as tão desejadas férias chegam parece que nunca satisfazem as minhas expectativas. Geralmente, pelo final da primeira semana e quando o entusiasmo começa a desvanecer-se, lá estou eu a lamentar a falta de ocupação.

Mas desta vez, isto não deveria acontecer. E fico aborrecida comigo própria por ser assim, como sou, desde criança. Afinal de contas, após estes duros meses de trabalho, stress, noites mal dormidas, saudades dos amigos, da família e da vida em geral, o resultado não foi mau e aparentemente o obstáculo ultrapassado.

Mas eu não nasci para estar em casa sossegada. Definitivamente, esta vida não é para mim.

E deve ser por isto mesmo que ando a ficar invejosa, algo que me aconteceu agora e pela primeira vez na minha curta vida. Ora, sendo a inveja um dos sete pecados mortais, a mentira também o é. E portanto, ou minto e digo que ando feliz ou tenho de confessar que ando a invejar. Não sei se é inveja no mau sentido mas também não sei se existe algum tipo de inveja no bom sentido.

E o que eu invejo é nada mais nada menos que a vida de certas pessoas a quem basta pedir "empréstimos" sem juros ou "prendas de Natal" antecipadas e voilá...viajam pelo mundo fora, têm carro e casa à disposição. E eu, que tenho passado estes últimos dias entediada aqui por casa, aborrecida por só fazer trabalho doméstico (meu Deus, não sei como as mulheres viviam assim!), dou por mim a invejar. A desejar ter o que outros têm, mesmo sabendo que isso não traz felicidade e que muitos desejariam ter muito menos e estar no meu lugar. Eu estou contente e satisfeita com quase tudo. Na verdade não me posso queixar de nada. As pessoas que mais amo estão bem, todos com saúde e perto de mim. E eu só desejava fazer a mala e viajar. Nem precisava de ser para muito longe, ainda que certas coleguinhas da ex-faculdade achem Espanha um destino "pobre". E agora eu podia pegar neste pensamento e valorizar aquilo que realmente interessa (que pessoas como estas não têm!) e parar os meus pensamentos inconvenientes.

Sei que isto é muito feio. Mas também era feio ficar a remoer. E era ainda mais feio se eu fosse mentirosa. E isso é que eu não sou.

Saturday, November 22, 2008

Acho que fui atropelada por um camião TIR

E mais...acho que o camião estacionou em cima de mim. Porque este "peso" ainda não me saiu de cima.

Não sei se isto é perceptível ou não. Mas para mim faz sentido. Todo o sentido.

Wednesday, October 1, 2008

Ai que horror! O Harrisson aparece em todos os (já tão poucos) últimos posts deste blog!

Não é de estranhar mas vou tentar que o próximo seja diferente...

Hipotecar a vida - uma forma palerma de viver...

O conceito em si é abominável. Hipotecar a vida, nem que seja por um segundo, parece-me um enorme atentado contra a própria da vida! Logo a vida que não é mais do que uma coisita efémera que a qualquer momento pode acabar ou pode ter os seus dias contados por um qualquer cancro incurável... (Como tão bem explica o raio do Harrisson, com percentagens e sobrevidas que eu me esforço, de maneira tão desumana, por de decorar!)

Voltando ao conceito, eu acho que estou a hipotecar a minha vida até Novembro, por um objectivo que me parece razoável: fazer aquilo que mais gosto durante o resto da minha vida. Esta ideia enraizou-se de tal forma em mim, que tudo o resto me parece dispensável, até Novembro, claro. Não sei se isto é bom, nem tenho a certeza se vale a pena. Mas vou continuar a fazer o mesmo durante mais um mês e meio desta forma automática e mecânica que tomou conta de mim.

Saturday, September 20, 2008

E tu, o que tens feito ultimamente?



Bem...se a pergunta me for dirigida, a resposta é fácil:estudar!

Mas isto vem a propósito do filme que fui ver esta semana. Chama-se "O procurado" ou algo assim. Para dizer a verdade, não prestei muita atenção ao título. Acho que este filme se classifica como pertencendo ao género palhaçada, uma vez que não consigo enquadrá-lo em mais nenhum género cinematográfico. E de resto, o facto de ser uma palhaçada, não lhe tira qualquer mérito. Antes pelo contrário.

O filme conta a história de um jovem cujo trabalho como contabilista é aborrecido, não lhe dá prazer, sendo humilhado por todos, sobretudo pela chefe e inclusivamente pela namorada. Então o que é que ele faz, o que é? Vai matar pessoas! É interessante esta ideia. Se eu a aplicasse ao meu dia a dia, acho que matava alguém todos os dias. Assim...só para me distrair, descarregar o stress e tornar os meus dias mais animaditos.´

E lá vou eu outra vez...

Thursday, September 11, 2008

NÂO TENHO NADA PARA ESCREVER

Hoje não tenho nada para escrever e há grandes probabilidades de que esta ausência de tempo, imaginação e paciência dure até meados de Novembro.

Estou cansada dos dias sempre iguais e estou cansada de fazer de conta que tudo vai correr bem.

Wednesday, August 20, 2008

O Algarve é bonito...



Praia do Submarino - Alvor - Algarve

Saturday, August 16, 2008

Lights out

Tenho ouvido muita música enquanto estudo. Ajuda-me a concentrar e, por vezes, a não desanimar. Quase posso dizer que tenho um álbum pronto para ouvir consoante a disposição no momento...

Esta diz-me qualquer coisa, quanto mais não seja: Don't got to worry, turn out the light. Sabe bem fazer isso, once in a while...




Não me perguntem porque não há vídeoclip. Também não percebo. Mas a canção está suficientemente BOA!

Mudar de ares

Pois é, parece que vou mudar de ares. Vou respirar o ar da praia que, como já devo ter escrito por aqui algures, é para mim o melhor ar do mundo.

Uma vez que o cansaço começa a apertar e a minha prova é de endurance e não de velocidade, acho que o corpo está a pedir para parar uns dias. E eu vou ouvi-lo para ver se preservo a minha saúde mental e física.

Portanto, vou ali abaixo ao Algarve e já volto!

Nem só de sestas vive uma gata?!



A minha gata não vive só de sestas mas lá que são essenciais, são! Isso não se pode negar...

Sunday, August 10, 2008

Às vezes, uma sesta pode ser a melhor parte do dia

Não tenho nada de interessante para contar. Não me aconteceu nada de novo. Hoje não vi as notícias e, portanto, não sei o que se passa no mundo. Nem sequer sei se o assaltante que foi alvejado pelos agentes do GOE já morreu ou não. Para ser sincera, também não me interessa.

Não tenho nada para criticar, nem para elogiar. Quer dizer, podia criticar o nono lugar da Telma Monteiro que aparentemente passou ao lado de uma carreira política brilhante, já que promete, promete mas não cumpre. Mas não vou criticar porque a rapariga tem garra e até merecia ter ganho à espanhola. E pronto, eis que consegui fazer uma crítica e um elogio no mesmo parágrafo.

Passei o dia inteiro a fazer um esforço monumental para estudar e o resultado foi miserável. Tão miserável que tive de interrompê-lo para dormir a sesta!

Eu a dormir a sesta! Já viram isto?

Eu era aquela criança que nunca entrava na lista das crianças que dormiam a sesta. A minha mãe costuma contar que teve de procurar um jardim escola onde a sesta não fosse obrigatória porque eu era absolutamente anti-sesta. Segundo as memórias da minha mãe eu preferia estar a cair de sono durante o jantar, enfiar literalmente a cabeça no prato da sopa, a dormir a sesta. Entretanto os meus pais mudaram-me de jardim escola porque no primeiro havia alcatifas e a minha rinite alérgica e asma incompatibilizaram-se com as mesmas. No segundo jardim escola, para grande tristeza minha, a sesta era obrigatória. Mas não para todos porque, se bem me lembro, eu nunca a dormi. Gostava mais de me levantar da cama e ir despentear as meninas, tirar-lhe as bandoletes (que já eram moda nessa altura) e escondê-las debaixo das camas de lona.

Volvidos 20 anos dou por mim a dormir a sesta voluntariamente e com muito prazer. Se pudesse voltar atrás explicaria a mim própria que a sesta pode ser uma experiência muito positiva e agradável, sobretudo quando a alternativa é ler um livro que é extremamente hipnótico.

Viva o Jardim Escola e vivam as sestas que eu não dormi mas que devia ter dormido.

Thursday, August 7, 2008

O touro é manso?!

Para além de ter que estudar, este Verão tem outra coisa bastante aborrecida: as touradas.

As touradas são uma actividade de lazer que todos os anos atrai centenas de criaturas descerebradas e oligofrénicas, das quais cerca de metade são tias,às praças de touros espalhadas por este nosso pequeno país. Este nosso país que de civilizado tem muito pouco...

Decorre neste momento uma giríssima tourada na tvi, à qual eu não tenho estado a assistir porque não gosto (e também porque estou a estudar). Mas tenho ouvido uns comentários giros, do género "O touro é manso!". Muito interessante isto de o touro ser manso. O touro é manso porque não correu desenfreadamente para o idiota do forcado amador do raio que o parta. Fez muito bem, o touro, claro! Nesta fase da tourada, as tias estavam muito excitadas e tapavam os olhos com os dedos (bem abertos) das duas mãos, em mais uma manifestação de inteligência.

Se olharmos com atenção, o touro é o animal mais racional que se encontra neste "espectáculo" chamado tourada. Apesar de manso, hoje o touro mostrou que não gosta de estar ali. Ele não foi para ali de livre vontade, não gosta que lhe espetem farpas coloridas, não gosta que judiem dele, não gosta de ser observado por tias. E quem se atreve a censurá-lo?!

Pouco me importa que a merda da tourada mova milhares ou milhões de euros. Também move sangue e implica o sofrimento dos animais, tanto dos touros como dos cavalos. Sofrimento que não serve para nada, a não ser dar prazer às pessoas cruéis que assistem a esta chacina despropositada.

Uma vez, no meio de uma discussão sobre este tema, disseram-me que era impossível eu não gostar de tourada porque ela faz parte da minha cultura. Achei piada e a discussão ficou por aí. Até porque este argumento é tão desesperado que só pude concluir que a vitória dessa discussão me pertenceu. Da minha cultura faz parte a música, o teatro, o cinema, a televisão, os livros, o desporto e tantas outras coisas. Todas elas coisas que não magoam ninguém, muito menos um animal que não pode defender-se.

Tenho esperança que um dia o Homem se volte para si próprio e utilize o seu dinheiro e energia em prol do ambiente, da medicina, da pobreza. Talvez nesse dia as touradas acabem e os touros possam ser mansos em paz.

Wednesday, August 6, 2008

P.S. relativo ao último post

Por favor, não me perguntem mais porque razão estou a estudar para um exame que está marcado para Novembro.

A resposta é sempre a mesma:

PORQUE É PRECISO, PORRA!

Estamos mesmo em Agosto?

A pergunta que dá o título a este post é a mesma que faço a mim própria todos os dias, logo assim que levanto o rabo da cama e o sento na cadeira da mesa de jantar (a maior que encontrei cá em casa).

Um mês em que costumo apenas aproveitar os dias de sol e calor para passear, ir a praia, estar com os amigos, beber uma cervejinha ao fim da tarde com caracóis, amendoins ou tremoços, ir beber café ou comer um gelado à noite, aproveitar para sair até mais tarde aos fins de semana e ficar em casa a ver filmes quando o sol se esconde ou simplesmente quando me apetece.

Não estou a gostar deste mês de Agosto em que o meu humor flutua consoante o ânimo para estudar está lá cima ou cá em baixo. Não sou preguiçosa, nunca fui. Mas confesso que isto me está a custar muito e todos os dias travo uma batalha com o meu lado rebelde.

"Menina certinha" - é como me chama um amigo meu que me conhece bem melhor do que eu pensava. Só que a menina certinha tende a desalinhar-se de cada vez que começa um novo capítulo do famoso Harrisson (há muito que me desenganei: o próximo capítulo nunca é mais fácil de ler que o anterior!. E quando isso acontece, lembro-me do objectivo a atingir, lembro-me que desistir é uma palavra que não consta do meu dicionário.

É então que o meu pensamento volta a ser meu e os meus olhos, cada vez mais míopes, fixam novamente as letrinhas minúsculas que tenho de saber razoavelmente bem até ao dia 20 de Novembro...

Saturday, July 26, 2008

A minha história

Se eu tivesse que escolher uma música para banda sonora do momento actual da minha vida, seria: ESTA!

Esta canção diz tudo o que eu tenho tido vontade de dizer ultimamente e muitas vezes, sempre à mesma pessoa. Gosto tanto da letra que a vou deixar aqui. Ah!, e discordo plenamente da utilização desta música naquele anúncio de cerveja que a gente sabe...

Brandi Carlile: The Story

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do
I was made for you
You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what
I've been through like you do
And I was made for you...
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you



P.S. - I was made for you! ;)

Friday, July 25, 2008

Bolonha's upgrade!

Diz que sou uma espécie de médica, embora tenho ainda toneladas de conhecimento para adquirir e toneladas de prática que me falta.

Mas não é tudo. Na minha faculdade não nos ficamos por aqui! Ao que parece também sou mestre! Ora isto levanta uma questão pertinente que já me foi colocada por várias pessoas:

- És mestre?! Em quê? De que trata a tua tese?

Despois de meditar alguns instantes, a resposta é óbvia:

- Sou mestre em relatórios! Faço relatórios como ninguém!

Posto isto, e desculpando-me pela publicidade, se alguém precisar de um relatório bem feitinho não hesite em contactar-me...

Tuesday, July 22, 2008

Muito cool!

Tanto a canção como o videoclip!


Amanhã

A faculdade acaba amanhã. De vez. Para o bem e para o mal.
Foram seis longos anos, recheados do melhor e do pior: professores, exames (também muitos), noites sem dormir (seja em festas ou a estudar), bebedeiras e respectivas ressacas no dia seguinte, amigos e amigas, tristezas e alegrias, ilusões e desilusões. Tudo foi útil para crescer, para me tornar mulher e, pelos vistos, médica.
Mas quando olho para trás, não posso deixar de sorrir e de pensar que afinal nada vai acabar. Vai recomeçar tudo de novo, tudo disfarçado de uma nova fase, num lugar provavelmente novo, com pessoas novas, regras novas e desafios novos. De todas as "coisas" velhas, para além das noites de estudo e dos exames, a única que vai restar são certamente os amigos, os verdadeiros. Espero bem que não nos esqueçamos de como se faz uma boa festa, de como se apanha uma boa bebedeira e de como não há forma de evitar a ressaca do dia seguinte!
Boa sorte a todos!

Sunday, July 13, 2008

Da autoria do meu avô



Já começaste, não podes desistir.

A frase é da autoria do meu avô. Foi dita precisamente no milésimo de segundo em que eu precisava de a ouvir e vai ser o mote para a próxima semana.

Neste últimos dias, o meu pensamento resume-se à figurinha catita que se pode ver acima, acrescida de algumas inquietações, interrogações e indecisões. Andei por aqui perdida, em terras alentejanas, sem saber para que lado me virar ou que percurso seguir.Agora já tracei o meu destino: seguir em frente mas sem pressas, sem exigências, sem desespero, sem preocupação excessiva. Porque eu quero é ser feliz.

Vou dar o meu melhor mas não o melhor de mim. Esse fica para quem realmente o merece.

Saturday, July 12, 2008

As fotografias da minha vida

Há umas semanas atrás roubaram-me o computador. Com ele levaram os meus trabalhos e relatórios, as aulas da faculdade, a minha música e, como se não bastasse, as minhas fotografias. No fundo, levaram um bocadinho de mim. Tudo recuperável, segundo me disseram.

Mentira. Não é tudo recuperável, sobretudo no que diz respeito às fotografias. Há momentos que não vão voltar a acontecer. Pelo menos não no mesmo sítio e na mesma altura, não com a/s mesma/s pessoa/s, não com o mesmo sorriso, não com a mesma inocência nem com a mesma alegria.
Muitas vezes olhei para algumas daquelas fotografias como se fossem minhas. Não eram. Não só porque qualquer filho da puta as roubou mas também porque já aprendi que nada é nosso.

Há fotografias que eu não vou voltar a ver (porque só eu as tinha) e há fotografias que eu não sei se quero voltar a ver. Porque eu tenho o péssimo hábito de não querer ver aquilo que me magoa. Sendo assim, ainda bem que o computador a partir do qual escrevo este post não tem qualquer fotografia. Há coisas que eu não sou capaz de ver hoje.

Friday, June 13, 2008

Está muito calor!



Demasiado calor para sair de casa, mesmo que seja para ir trabalhar com crianças (ainda por cima é feriado!), demasiado calor para estudar, mesmo que seja na esplanada. Está muito calor, o meu cérebro está a funcionar muito devagar e só me apetece ir para a praia. Quero ir para a praia, quero, quero, quero...

Também está muito calor para escrever posts muito grandes. Fica para mais logo...

Monday, May 26, 2008

Hoje é um daqueles dias em que simplesmente me apetece...

...PARAR! Parar de estudar. Parar de ir aos estágios segurar paredes. Parar de aturar gente parva. Parar de pensar. Parar de falar. Parar de me preocupar. Parar de sentir. Parar de existir. Parar o mundo durante uns minutos. Parar um bocadinho para chorar. Para depois ficar melhor e recomeçar tudo de novo.

Wednesday, May 21, 2008

Às vezes...

..., quando te beijo, fico sem ar e o coração bate mais devagar para, logo em seguida, continuar a bater mais depressa.

E é tão bom **

Monday, May 19, 2008

Coisas de mulher!

Isto de ser finalista tem muito que se lhe diga. Centenas de páginas do Harrisson para ler (bolas! todos os caminhos vão dar a este senhor...), estágios, trabalhos, ralatórios de merda (são uma treta mas sempre me ralo qualquer coisa a fazê-los), mais preocupações extra, benção das fitas e finalmente o baile de finalistas.

Toda esta conversa para dizer que hoje fui marcar hora na cabeleireira para arranjar o cabelo, fazer a maquilhagem e pintar as unhas. Eis senão quando olho para a esteticista e reparo que as sobrancelhas dela pareciam a floresta da Amazónia em dia de tempestade.

Tenho que me pôr a pau com ela, se bem que a minha avó costuma dizer que "em casa de ferreiro, espeto de pau". Espero bem que seja mesmo assim.

Por via das dúvidas, arranjo as sobrancelhas em casa.

Só tenho tempo para dizer que...


...a benção das fitas foi uma das coisas mais bonitas que já fiz no âmbito da faculdade. Gostei, gostei mesmo muito! Adorei rir, chorar e sonhar com as fitas que me escreveram e que chegaram até mim pelas mais diversas maneiras e de locais tão distantes como Barcelona. Ainda tenho fitas para entregar e fitas para receber.

E com tudo isto apercebi-me, mais uma vez e com muita clareza, que o ser humano adora ser acarinhado.

Porque raio não nos acarinhamos mais vezes?

Deve ser porque temos pouco tempo. Porra...como isto é verdade!

Thursday, May 1, 2008

10 razões pelas quais quero ir morar sozinha!

Além de querer ser feliz, quero morar sozinha. Se não for totalmente sozinha, pode ser com alguém melhor que esta criatura que realmente me anda a tirar do sério.

Eu sei que é difícil ser caloiro de Medicina. Sair debaixo da saia da mamã e descobrir uma cidade nova. O primeiro ano da faculdade é puxadote. A anatomia é pior do que se pode imaginar e ninguém nos avisou que isto ia ser tão difícil.

Eu entendo isto tudo mas, fod@-se!, a minha paciência está nos limites mínimos e vai acabar muito brevemente.

Em seguida, apresento as 10 razões pelas quais quero ir morar sozinha:

1. Abusar da hospitalidade das colegas de casa e dormir com o namorado todos os dias, alternando entre a casa dele e a minha, sem passar cartuxo a ninguém. Pelo menos avisava que era casada na altura em alugou a casa! Sim, porque o local onde moramos é uma casa, não uma pensão! Esta falta de sinceridade não foi um bom presságio...

2. Além de dormir com o namorado todos os dias, é obrigatório tomarem o pequeno almoço em conjunto, almoçarem, lancharem e jantarem.

3. Jamais sentar-se à mesa e partilhar uma refeição com os restantes moradores da casa. Nem mesmo quando o namorado está por perto.

4. Espreitar pela frincha da porta do quarto para ver se está alguém na sala. Em caso afirmativo, esperar que todos se retirem da sala para jantarem sozinhos.

5. O namorado entra na minha casa e nem sequer diz "bom dia". Também não é de admirar já que a namorada também não o faz com regularidade.

6. Fazer um cagalhão gigante numa sanita visivelmente entupida e deixar assim à espera que alguém resolva o assunto. NOJO! Depois de o assunto estar resolvido, nem obrigado se diz!

7. Deixar pingos de urina na sanita. NOJO OUTRA VEZ!

8. Ir de fim de semana grande e não levar o lixo. Será que não sabe que o lixo começa a cheirar mal e a criar bichos?!

9. Bater à porta do meu quarto para me dizer que eu estou a chorar muito alto e que o barulho incomoda. Fiquei esclarecida quanto ao seu carácter da pessoa em causa.

10. Acordar às 6h da manhã no dia 1 de Maio e fazer um chinfrim dos diabos com as persianas da sala e com as malas. Pergunto eu: QUEM É QUE ACORDA ÀS 6H DA MANHÃ NUM FERIADO?

Posto isto e como eu não estou para me chatear mais...haja paciência, muita paciência.

Tuesday, April 29, 2008

Eu quero é ser feliz

Estão a ver aquelas enfermeiras mázinhas que encontramos nos blocos operatórios? Aquelas que têm sempre qualquer coisa desagradável para nos dizer, do género:

1. Tem um cabelo fora da touca! (So what?! Elas costumam ter mil cabelinhos da franja fora da touca...)

2. Nós estamos a 2 metros do pano azul e elas dizem: -Não podem tocar no pano azul!
Claro que o estudante de medicina badalhoco não pode tocar no pano azul mas se for qualquer outra enfermeira ou o próprio anestesista não faz mal. O aluno de medicina é que não pode mesmo ser... Se for o interno da especialidade a falar sem máscara sobre a barriga aberta do doente, é como o outro... Agora tocar no pano azul, nem que seja com os olhos, JAMAIS! ;)

3. Isto está cheio de alunos! É por isso que não há roupa na rouparia! (Claro, claro, claro...poderia haver outra razão?)

4. - Sr.ª Enfermeira, precisava de um estrado para ver a cirurgia, sff!
Resposta pronta: Ah, agora não temos!
(Se forem duas alunas de enfermagem, o estrado aparece logo!)

Bom, é óbvio que nem todas as enfermeiras são assim...como dizer...desagradáveis. Mas, para as que o são, eu hoje borrifei-me e toquei no pano azul as vezes que me apeteceu! E mais, ainda ajudei na cirurgia! Por ajudar, entenda-se aspirar, deitar o soro, segurar pinças e etc...

A cirurgia durou cerca de 5 horas, o que é tempo suficiente para as pernas incharem, as costas doerem e os pés gelarem. Mas valeu a pena! Finalmente posso dizer, com certeza quase absoluta que não me parece que o meu futuro passe pela Cirurgia. Não é tão mau como eu pensava mas também não é tão bom como Pediatria. No entanto, nunca se sabe o que o futuro nos reserva.

E eu quero é ser feliz. (É giro que o post termina como começou!)

Friday, April 25, 2008

E tu? Contas apaixonar-te?

Hoje alguém me disse:

-Apaixonei-me...não estava a contar!

Minha querida palerminha, é claro que não estavas a contar. Caso contrário não estarias apaixonada mas sim a fazer um esforço por gostar de alguém! =)

Boa sorte!

Parabéns Ticky!


Fotografia tirada com o meu antigo telemóvel Nokia, de cujo modelo não me recordo, com uma câmera VGA!
Mesmo assim a Ticky é a gatita mais linda do Mundo!

Passaram-se seis anos desde que a minha felina veio para minha casa. Desde então conquistou um lugarzinho na família e mostrou-se uma óptima companheira de brincadeiras e não só!

Esta gata é do melhor e só lhe falta falar! Aliás, vendo bem nem isso falta...basta-me falar ao telemóvel com alguém conhecido e colocar o respectivo no altifalante que a Ticky logo olha em volta à procura da origem da voz e mia frenética e confusamente!

Parabéns miauzinha! ;) É pena não saberes ler!

A nossa (quase) liberdade


(Prainha ao lado da praia do Pinhão, ou algo assim...)

Está um dia lindo lá fora: céu azul e um calorzinho ameno. Apetece-me vestir uma roupa leve, calçar as sabrinas e passear à beira-mar ou beira-rio, ou simplesmente sentar-me na areia quente no pequeno paraíso que mora na minha fotografia... No entanto, acabei de fazer umas traduções e preparo-me para passar o resto da tarde a estudar.

Isto faz-me pensar em como a liberdade é relativa e varia de acordo com os nossos objectivos e com as escolhas que fazemos. Mas a liberdade é isto mesmo e não nos podemos queixar das nossas próprias escolhas, não é?

Não obstante, às vezes tenho vontade de atirar tudo para o alto e fazer o me der na real gana. Mas não faço porque escolhi ser apenas parcialmente livre.

Wednesday, April 23, 2008

"Médicos" sem bata e sem estetoscópio




Hoje conheci uma nova especialidade médica: são os que não usam bata nem estetoscópio.

Na realidade não precisam de bata porque, apesar de terem doentes, não os vêm, não falam com eles, não fazem exame objectivo (até mesmo porque a consulta não tem duração suficiente para se faça sequer o exame mental...) e jamais se sujam! Logo...a bata é desnecessária.

A questão do estetoscópio já não encaro com tanta naturalidade. No entanto, estes "médicos" também não usam estetoscópio porque não sabem, porque não querem ou porque acham que não é preciso. Afinal...são psiquiatras!

No entanto, médico sem bata, sem estetoscópio e sem jeito para falar com doentes e familiares - das duas uma: ou é o Dr. House ou é uma grande merda! Uma vez que o Dr. House não medicaria um asmático com um beta-bloqueante, a Dr.ª M. é uma grande merda, tal como eu suspeitava há algum tempo. Para quem não sabe nem tem a obrigação de saber!, é um fármaco contra-indicado nessa situação porque pode provocar broncoconstrição. Acontece que esta senhora doutora psiquiatra tem a obrigação de saber isto e muito mais, pelo que só me apraz chamá-la de incompetente.

Não é porque não usa bata. Não é porque não usa estetoscópio. Não é porque não é o Dr. House.

É apenas porque tem um dom que nenhum médico deveria ter: põe os doentes mais doentes e põe, por breves instantes, as pessoas saudáveis doentes.

Música do dia!



Hoje acordei a trautear esta canção. Deve ser por estar em tanta dificuldade em respirar e por me doer tanto o peito. Excluído o desgosto amoroso como causa...já me tinha esquecido de quanto os brônquios podem doer!

P.S.- Estou com uma crise de asma como já não tinha há muito tempo e o breath out está particularmente difícil...

Tuesday, April 22, 2008

No mundo da (MUITO) pequena cirurgia...

Hoje fiz alguma coisa de jeito, para além de ler (tinha escrito estudar mas depois reparei que era um exagero) o Harrisson.

E as coisas de jeito que fiz foram: .....................................DUAS SUTURAS! Uma na face de um senhor e outra no dedo de uma senhora, perfazendo um total de 7 pontinhos!

Pode não parecer nada de especial mas sinto-me bem menos frustrada do que no final das longas manhãs que passo no bloco operatório tentanto visualizar qualquer coisa relativa à cirurgia que não sejam os rabinhos dos cirurgiões. A culpa disto é dos meus pais. É graças a eles que tenho baixa estatura e muita dificuldade em ver cirurgias na ausência de um banco!

Saturday, April 5, 2008

Luís Porém - um designer de equipamentos talentoso

À noite no quarto da Vera:
Joana - Vera, o que faz ao certo um designer de equipamentos?
Vera - Olha à tua volta. Um designer de equipamentos faz tudo o que vês.

Ora...apesar de o quarto da Vera não estar muito povoado por objectos (rapariga, a ausência total de fotografias aflige-me!) penso que percebi o que faz um designer de equipamentos!

Para quem, como eu, não percebe nada de design de coisa nenhuma, aqui fica fica o link:
Não se esqueçam de visitar o Luís! Leiam as etiquetas e apreciem a imaginação! O Luís é criativo, sensível e sobretudo talentoso! Aqui a leiga adora a cadeira bifuncional e o canivete cor de rosa...

Luís: não desistas do sonho! :)
Por falar em sonho...vou agarrar-me ao Harrisson.

Summer em Joanic

Não poderia deixar de escrever um post completamente dedicado aos 4 portugueses que me acolheram em Barcelona:

1. A menina Vera - De ti não esperava outra coisa! Adorei os jantares, os passeios, o chocolate quente, os churros, as compras...tinha muitas saudades de ir às compras contigo! Tudo muito bom, excepto o spritz. Mas ficas gira com a azeitona na boca! lol

2. A menina S. - Mais uma vez, confirmo que o pessoal do norte está aí para as curvas e mais...sabe escolher cava! Simpática, perspicaz e divertida. Adorei conhecer-te, querida! E quero muito sair à noite mais vezes com a mesma companhia... Ah, e traz o fuego muy especial! ih ih ih

3. A menina M. - Mais tranquila que a a menina S. mas também muito terna e simpática. Infelizmente o sábado de trabalho coincidiu com a saída à noite! Mas devias ter vindo! Mas olha...a piadina foi muito bem escolhida! ;)

4. O menino Luís - O Luís não se pode ficar pela inicial porque tenho de divulgar o teu trabalho no próximo post, pois o prometido é devido! Não posso deixar de agradecer a boa companhia que foste! Gostei muito do passeio em Montjuic. Já para não falar do passeio bicing pela Sagrada Família, parque Ciutadella e...ensaimadaaaaaa! Tudo muito bom e MUITO GIRO!

A simpatia e o carinho não têm preço e jamais me teria divertido tanto numa qualquer pensão ou hotel. Obrigado por me terem recebido tão bem!

Summer em Barcelona II

Regressei a "casa" há uma semana mas já estou com vontade de voltar a Barcelona. Foram dias muito cansativos (sim...porque ser turista é muito cansativo!) mas também muito divertidos. E passaram tão depressa...
Para além de todos os sítios que visitei e das mil e uma coisas muito giras que há em Barcelona, houve ainda tempo para matar saudades de uma velha amiga especial! Pusemos a conversa em dia mas haveria muito mais a dizer, se houvesse tempo... Nos intervalos das injecções culturais havia sempre tempo para um cházinho um chocolate quente ou um spritz. Meu Deus!, como detestei o spritz e adorei o mojito! ;) Só assim nos pudemos divertir naquela espelunca cheia de espanhóis feios e italianos razoávelzinhos... ih ih ih
Tirei milhões de fotografias, todas elas muito giras mas infelizmente não posso postá-las, pois o meu leitor de cd's está avariado e neste momento é impossível. Fica para a próxima!

Friday, March 28, 2008

Summer em Barcelona I

Estou em Barcelona há cerca de 48h e...estou encantada! E as fotos aparecerão em breve!

Descobri que viajar sozinha pode ser um aventura fantástica e enriquecedora. Sair do avião com uma valente otalgia (dor de ouvidos para quem não sabe!) e pisar solo desconhecido é absolutamente desafiante. A cidade é realmente muito bonita e já aprendi que passear sozinha, que é como quem diz, eu e o mapa, pode ser uma experiência muito positiva.

Em poucas horas fiquei fã do Gaudi e desta cidade. Portanto, não posso perder mais tempo a escrever. Ainda há muito para conhecer e amanhã já estou regresso a Lisboa...

Estar longe da nossa casa, mesmo que seja por pouco tempo, duplica as saudades! Por isso, beijinhos para todos, mesmo para quem nunca dá notícias!

Friday, March 21, 2008

Não acredito mais em palavras

As palavras são uma coisa muito traiçoeira. Podem ser ditas ou escritas com tanta convicção que acreditamos nelas.

Algum dia alguém me disse que, apesar das razões (ou falta delas...) que determinaram o nosso afastamento físico, continuaria a ser minha amiga.

Volvido algum tempo e bem ao estilo do João Pedro Pais, posso afirmar com convicção: mentira, mentira, mentira...

Ser amigo não é telefonar, nem mandar toques ou msgs todos os dias. Não é ver o/a amigo/a todos os dias. Não é saber todos os pormenores da sua íntima. Não é fazer tudo juntos.

Mas ser amigo não é certamente passar meses e meses sem dar notícias. Já não digo dar uma saídinha à noite, beber um café ou ir ao cinema. Refiro-me aos meses que passam sem que seja enviada uma simples msg a perguntar "estás bem?", sem enviar um simples "olá" pelo msn. Para isso há sempre tempo, desde que haja vontade. Acho que finalmente também me fartei de insistir numa causa há muito perdida. Eu própria perdi a vontade.

E quando sentimos essa ausência total de vontade, percebemos que as palavras são uma verdade que dura muito pouco tempo.

E quando essas mesmas palavras se transformam em mentira, uma vez que não são confirmadas por acções, sobrevém um sentimento de desilusão. Meu Deus, como eu detesto que me mintam e que me enganem.

Não acredito mais em palavras. Parece que os ditados populares continuam a estar actualizados e que há acções que valem mais do que mil palavras. Por falar nisso, ainda esta semana fui presenteada com uma acção que não esperava, vinda de alguém que todos os dias continua surpreender-me. Só espero que não faça mal acreditar em acções.

Sunday, March 16, 2008

Os espertinhos

Conduzir em Lisboa pode ser enriquecedor em vários aspectos.

Primeiro, aprende-se mesmo a conduzir: não há tempo para ter muitas dúvidas, somos obrigados a escolher a faixa certa, a conhecer minimamente os caminhos e a estacionar à primeira e sem hesitações.

Segundo, conhecemos pessoas simpáticas, tais como os espertinhos. Os espertinhos deviam ser considerados uma raça especial e deviam também procriar entre si. Assim, ao fim de uns anos, o Mundo seria um lugar muito pior mas povoado apenas pelas melhores.

Voltando à essência dos espertinhos. Estes podem ser aqueles condutores irritantes que têm de chegar primeiro a todo o lado, ignoram os sinais vermelhos (que estão mesmo vermelhos há mais de 1 minuto), ultrapassam pela direita e roubam o estacionamento.
Outro dia conheci através da janela do meu carro um excelentíssimo espertinho que me quis passar à frente numa das entradas para a 2ª circular. Como eu não deixei (estava em dia não, que também tenho direito), perseguiu-me durante um curto trajecto e coloca-se lado a lado comigo para me berrar a seguinte frase via janela aberta:
- Deves pensar que és gira.
Por acaso não penso. Mas também não percebo o que é que isso tem a ver com a minha condução.

Wednesday, March 12, 2008

Ontem quase morri!

Não, isto não é brincadeira! É mesmo verdade que ontem quase fui desta para melhor ou pior, conforme os pontos de vista.

Estava eu a conversar com uma colega à porta do elevador da minha casa em Lisboa (sim...porque duvido que estas coisas aconteçam em qualquer outra cidade!) quando vejo, oiço e sinto cair um vaso bem grande cheio de terra e com uma flôr seca a centímetros de distância da minha pessoa. O vaso havia sido lançado por um qualquer gaiato idiota, delinquente e burro como uma porta, tendo percorrido nada mais nada menos que a distância vertical que separa o meu 5º andar do chão. O impacto com que o dito cujo se estatelou no chão foi...como dizer?...assustador!

Acho que se aquilo que tivesse caído em cima da cabeça a esta hora estaria, na melhor das hipóteses, no S.O. de um Hospital perto de mim com uma belo traumatismo craniano e um sorinho na veia...

Já é a terceira vez que quase morro! A primeira foi quando fui atropelada numa passadeira por um polícia desvairado. (Tenho uma sorte peculiar, não tenho?) A segunda foi num acidente de carro com uma colega. Quem nos mandou parar quando o semáforo estava vermelho? (Obviamente isto também se passou em Lisboa...) A terceira aconteceu ontem.

Estas três experiências têm dois pontos em comum:

1. No curto espaço de tempo em que a "coisa" acontece não me passa absolutamente nada pela cabeça. É como se o tempo parasse e eu morresse por uns milésimos de segundo. A minha alma sai de dentro de mim e fica a observar o meu corpo.

2. No longo espaço de tempo após a "coisa" acontecer fico a pensar nas pessoas de quem mais gosto. E chego à conclusão que tenho coisas que sucessivamente ficam por lhes dizer, nem que seja um simples "gosto de ti".

Para ti que estás a ler e ainda para todos os que não estão a ler:

- Gosto de ti.

Saturday, March 8, 2008

Porque hoje é dia da Mulher!

O dia da Mulher assinala a melhor conquista das mulheres: a emancipação. Por temos chegado a ela com algum atraso em relação aos homens, assinalamos anualmente esta data para que a nossa conquista não caia em esquecimento.

Acho muito bem que se comemorem os feitos políticos, económicos, sociais e profissionais de todas as mulheres deste Mundo mas será que ao criarmos um dia para nós não estamos também a dar aos homens um sinal de fraqueza? Eles por sua vez não têm dia do Homem, o que dá aos mais machistas razões para troçarem com o nosso dia... Pessoalmente não acho que do dia da Mulher seja um sinal de fraqueza. Não é! No entanto, acho que podia haver o dia do Homem, assim como há o dia da Criança, o dia do Pai, o dia da Mãe, o dia dos Avós e o dia dos Namorados. (Este último é sem dúvida o mais controverso.)

Hoje apetece-me falar sobre isto de ser mulher.

Felizmente não vivi no tempo em que às mulheres não era dada a oportunidade de estudar, trabalhar, escolher um marido, escolher a roupa que vestiam, escolher ter ou não ter filhos, escolher o seu partido político e votar no mesmo. Antigamente as mulheres não tinham a oportunidade de ser coisa alguma para além de esposas e mães. Nisso não vejo mal. Ser esposa e mãe era (e é!) para muitas mulheres o suficiente para serem felizes. O que estava mal era a ausência de liberdade de escolha e do direito à individualidade. Estas sim, foram as nossas maiores conquistas. Com elas ganhámos o direito a escolher e hoje podemos ter a vida profissional, social e familiar que escolhermos. E isso é bom, muito bom! Mas ao mesmo tempo acumulámos uma série de funções fora e dentro de casa e, por isso, hoje exige-se à mulher que seja boa mãe, boa esposa, que cuide bem da casa, que faça bons cozinhados, que seja competente no seu trabalho. Foi aqui que começaram os nossos problemas, pois fazer bem tudo isto e conjugar a vida profissional e familiar revelou-se um grande desafio. É então que a nossa sociedade exige aos homens que desempenhem algumas das tarefas antes exclusivas da mulher. E eis que eles nos surpreendem e se transformam em pais mais presentes, maridos mais carinhosos e, acima de tudo, bons donos de casa.

No entanto, esta viragem na nossa sociedade suscitou uma inversão de valores que me assusta. Corremos o risco de colocar o nosso trabalho, a nossa carreira e a nossa realização pessoal à frente da família, na esperança de assim vivermos melhor. Possivelmente vivemos com mais dinheiro.

Mas de que nos serve sermos mulheres lindas, poderosas, termos uma casa grande e bonita, sermos economicamente independentes e podermos percorrer o mundo a viajar se não tivermos ao nosso lado aqueles que mais amamos?

Para mim não serve de nada. Censurem-me mas eu quero tudo. Quero ser médica (pediatra se possível), mãe, esposa e dona de casa. Quero viajar e conhecer o mundo. E acima de tudo quero ser feliz.

Friday, February 22, 2008

Sobre as cores

O blog é o mesmo e continuo a mesma Joaninha zarolha. Mas hoje enjoei do côr-de-rosa. Sim, pasmem-se!, enjoei do côr-de-rosa!
Também não estou a gostar especialmente deste branco. Pode ser que, um dias destes, alguém me ensine a enfeitar isto com umas joaninhas, florzinhas ou algo assim.
Até lá O Poder dos Sentidos tem uma cara nova mas o conteúdo continua disparatado, como sempre...

Tem graça...

...como as pessoas de quem mais gosto são precisamente as únicas que me conseguem atingir com profundidade suficiente para me magoar.

E isto é tudo o que consigo dizer sobre este tema.

Tuesday, February 19, 2008

Juras de amor


Repararam que não fiz um post sobre o Dia dos Namorados?

Existe uma razão válida para tal: "dia" dos namorados é algo que não existe. Ainda se fosse um dia para amar, um dia para estarmos com a pessoa que amamos (não com amor de mãe,pai, irmãos ou avós...), um dia daqueles em que tudo é cor-de-rosa desde que acordamos até que adormecemos apenas porque a pessoa x existe, um dia em somos tão felizes que o mundo à nossa volta pára só para que possamos ser felizes em paz. Mas não!

Para muitas pessoas, o dia dos Namorados é aquele dia em é suposto lembrarmo-nos que é Dia dos Namorados, dar e receber uma prenda, jantar fora, fazer juras de amor eterno, quem sabe dar uma queca e pronto...eis que chega ao fim o Dia dos Namorados e resta esperar que chegue o mesmo dia no ano que vem. Como se isto não bastasse, temos que gramar os enfeites em forma de coração espalhados pelas montras de tudo quanto é loja, supermercado, papelaria, talho e peixaria.

A propósito de juras de amor (já que foi por esta razão que me sentei a escrever este post absolutamente nada romântico), devo dizer que as acho um grande disparate. Não gosto nada daquelas frases feitas, do género:

"Vou amar-te para sempre" ou... "Não há amor como o nosso" ou... "O nosso amor vai durar para sempre".

Podemos lá prometer a alguém que vamos amar esse alguém para sempre?! Claro que não! Podemos prometer que amamos agora, em qualquer agora que seja: ontem, hoje ou amanhã. Mas prometer só no presente. E ninguém me vai convencer do contrário. Sim...sou teimosa!

O amor tem que ser muito mais que isto e existe para que possamos aproveitá-lo e saboreá-lo a cada beijo trocado, para que possamos vivê-lo todos os dias, um bocadinho de cada vez. Eu acredito que todos os dias o amor pode ser sentido de forma diferente, mesmo quando se namora há vários anos. Porque o amor verdadeiro é como uma flôr: exige cuidados diários e cresce todos os dias, mesmo que não se veja.

Monday, February 11, 2008

Perguntas difíceis



O que fazer quando aquilo que deveria ser um motivo de felicidade se transforma num problema?

Esta é uma questão para a qual não encontro resposta, apesar de já ter pensado bastante.

Mas pelo menos podemos escolher. E isso é bom ou mau?

Resposta: é bom!

Hum...e como temos a certeza se escolhemos bem ou mal?

Resposta: Não temos!

E isso é bom ou mau?

Resposta: É mau!

Sunday, February 10, 2008

Demito-me

Demito-me da minha função de gostar demais das pessoas que amo, até mesmo daquelas que escolhi amar.

Porquê?

Porque não vale a pena. Porque quando menos esperamos fecham-se as portas e as janelas também.
É como se nos dissessem: gosto muito de ti mas aqui não podes ficar! O "não podes ficar" não é sequer proferido por alguém. Sou eu que o sinto. Há sítios em que sinto que não posso ficar simplesmente porque não encaixo, por ser demasiado nova ou por ser demasiado velha. É como se não houvesse espaço para mim, pelas mais variadas razões. E logo de seguida sinto aquele vazio, que corresponde ao espaço que fica por preencher quando precisamos de tirar de lá alguém que nos era especial ou, pelo menos, atribuir-lhe um espaço menor. Não é tristeza, nem mágoa, nem zanga. É um vazio. E o vazio permanece até que chegue outro alguém que o preencha, se é que isso é possível: preencher o espaço outrora ocupado por alguém.

Portanto, a partir de agora vou continuar a gostar de todos mas em doses certas. Vou esperar das pessoas a dose certa (que me parece ser...100g de NADA) e não esperar "demais" nem "de menos".

O baloiço está ali, à minha espera. Tenho compleição física para lá me sentar mas também tenho idade a mais. Por isso...não sei se me sento ou se fico em pé.


Sunday, February 3, 2008

Piaçá



No seguimento dos posts de merda que eu aqui tenho colocado, aqui fica mais um!

Mas este é bem divertido! lololol

Thursday, January 31, 2008

Resumo de uma semana...execrável!


Tenho andado muito triste. Também não é caso para menos, pois tenho sido gozada, maltratada e ignorada. O que mais me irrita é até tentei dar-me bem com as pessoas que realmente não merecem, tentei manter a harmonia e bom ambiente, pelo menos para trabalhar. Mas não...infelizmente tenho tido muita pontaria para pessoas más. Tenho a impressão que as vou encontrando todas pelo meu caminho de vida.

Tenho vindo a concluir que escolhi um curso e, mais assustador ainda!, uma profissão (mesmo os mais velhinhos são capazes de dizer mal do chefe de serviço na ausência do mesmo!)em que uma grande parte dos meus colegas não presta. "Não presta" entenda-se como:

1. Dizer mal dos outros (mesmo quando não se conhece a pessoa de quem se diz mal!) nas suas costas, para que não haja hipótese de qualquer defesa ou esclarecimento. Será isto cobardia? Hum...parece-me bem que sim!

2. Espalhar boatos, mentiras e coscuvilhices sem qualquer fundamento.

3. Adjectivar as pessoas, nomeadamente: desocupada, desinteressada, incompetente (descobri após 6 anos de curso que os meus apontamentos não prestam!), ignorante (fiquem a saber que ainda não fui a nenhum congresso de qualquer área médica ou cirúrgica: será que foi porque ainda não acabei o curso?!) e teimosa. Sim senhor! Este último adjectivo confere. Sou teimosa. Mas nunca teimo sozinha!

4. Gozar com os colegas. A propósito deste ponto devo referir que me tenho sentido na pele daquele "colega de turma" que todos temos no liceu. Aquele que supostamente é "diferente" e é posto de parte por razões que ninguém consegue encontrar. Eu cheguei a fazer isso a algumas pessoas e, meu Deus!, como me arrependo disso. Mas parece-me que quando jovens não pensamos nem sabemos como certas atitudes podem magoar e causar infelicidade a outrém. Ter consciência disso é bom. Hoje sei que não vou mais fazer isso a ninguém.

5. Competir, competir, competir, competir...em relação tudo e mais algumas coisa: notas, trabalhos, estágios, apresentações, etc.,etc.,etc.........................

Mas o que mais me preocupa é a incapacidade de estender a mão a alguém, quando esse alguém está triste. E ainda há outra incapacidade grave: não pedir desculpa quando percebemos que erramos.

Portanto, aproveito a ocasião para pedir desculpa a alguém que magoei, não há muito tempo. Porque fui tola e fiquei presa às aparências. Porque fui infantil e não fui capaz de ver para além do que é visível.

Há uma certa loirinha com ar desvairado e tresloucado (como ela diz!), que mostrou ser tudo menos isto. Inteligente, sensata, competente, paciente, organizada, perfeccionista e amiga. Ah!, e com aquele sentido de humor, tipo:

"Eu só gostava de ser um neurónio para saber o que ele está a pensar!" - lolololol

Felizmente nao há só pessoas más na minha faculdade. Há amigos e amigas que o serão para toda a vida e que eu nunca esquecerei. São todos aqueles que estão por perto quando é preciso e também quando não é preciso (ex.: beber morangoskas a mais!), até porque a distância não estraga nem impede amizades.

Quando comecei a escrever estava triste. Agora já não estou. Nada como concentrar o pensamento nas coisas boas da vida. E amanhã será um dia melhor...

Wednesday, January 23, 2008

A autoridade

Ultimamente tenho tido alguns problemas com a autoridade. Com agentes da autoridade mais especificamente.

Tudo começou numa certa noite em que viajava de carro com certa pessoa que, por sua vez, ia a conduzir e eis que somos mandados parar por um agente da autoridade! Era um agente da PSP típico: bigode farfalhudo, fácies pletórica (vermelhinha!), gordinho, perímetro abdominal bem acima do normal, ar pouco ágil (como convém aos verdadeiros criminosos!) e também pouco afável. Carregou ainda mais o sobrolho quando nos pediu o documentos enquanto abríamos o vidro do carro. Enquanto examinava os documentos manteve aquela expressão séria e compenetrada, como se estivesse a impedir que um ataque terrorista acontecesse naquela noite... Até que chegou à parte do registo de propriedade e leu o nome da proprietária do carro! Como que por milagre, esboça um enorme sorriso e diz:

- Ah! És o filho de "fulana tal"!

- Sim, sou!

- Opá podias ter dito logo, que nem era preciso ver os documentos!

Sem comentários...

Depois ainda temos os agentes da PSP que bloqueiam carros mal estacionados ou até mesmo bem estacionados. É curioso o prazer com multam e bloqueiam os carros mal estacionados. Esta é outra parte muito importante do trabalho de qualquer agente da PSP. Não há ordem pública que se preze enquanto houverem carros mal estacionados (ou mesmo bem estacionados!) nas ruas de Lisboa!

Por fim, foi com pesar que verifiquei que esta praga de agentes PSP bloqueadores de carros já chegou ao campo de Santana! Parece-me que os arrumadores de carros da área vão demitir-se devido ao grau de dificuldade acrescido que os competentíssimos agentes da autoridade conferiram ao acto de estacionar carros.

Mas há outras questões que me preocupam. Por exemplo, enquanto estes senhores andam atarefadíssimos a pedir documentos e a multar carros mal estacionados, quem nos protege dos assaltos? Quem protege as crianças que brincam na rua? (É muito raro haver um polícia à porta das escolas.) Quem prende assassinos e traficantes de droga?

Não sabemos bem. Mas pelo menos sabemos que não convém deixar o carro mal parado!

Thursday, January 17, 2008

Merda para isto!



Há dias em que me apetece mandar tudo à merda. Hoje é um desses dias.

Ultimamente tenho acordado todos os dias com muito sono e pouca vontade de me levantar da cama, o que não me costuma acontecer. Passo o tempo a desejar que o tempo passe mais depressa e que esta fase acabe o mais depressa possível, quer seja bem ou mal. Já tanto me faz.

Penso que isto se deve ao facto de andar a fazer algo de que não gosto mesmo NADA!

Na sequência deste meu humor deprimido, aqui fica o diálogo do dia:

******: Joana, já reparaste que estamos a ficar com pouco tempo para acabar o trabalho?

Joana: Sim. Mas a boa notícia é que quanto mais depressa o tempo passar, menos tempo falta para isto acabar.

Depois disto só mesmo um croissant de chocolate acabado de sair do forno para me animar. Foi o meu lanche.

Sunday, January 13, 2008

O lugar do cabelo

A publicidade pode ser bem ou mal feita, engraçada ou sem graça nenhuma, apelativa ou ridícula.

Hoje ouvi na televisão um anúncio de champô cujo slogan é, no mínimo, palerma:

Porque o lugar do cabelo é na cabeça!

Alguém tem dúvidas que asssim seja?!

Friday, January 11, 2008

Mal-me-quer, bem-me-quer...



O ano novo não começou bem nem mal. Antes pelo contrário. Faço-me entender?!

Sou teimosa, sou introvertida, sou perfeccionista, às vezes sou chata, nem sempre estou de bom humor (atenção às noites mas dormidas...), detesto tomar decisões, sou pouco dada a novas experiências, tenho dificuldade em confiar nos outros, não faço amigos com facilidade, não sou extremamente simpática, nem sou optimista por natureza. Tenho tendência a pensar nos contras mas nem por isso não esqueço os prós. Não sei se tudo isto é bom mas mau não é de certeza!

Afinal, o que é ser mau?! Mau é algo relativo à maldade.

E o que é a maldade? É cometer alguma coisa fora da ética padrão de determinada sociedade...

Para mim, mau é tudo o que nos magoa, tudo o que nos faz chorar de tristeza, tudo o que nos deixa tristes, desanimados e sem vontade de continuar seja o que for. Quando toda esta conjectura é criada sem qualquer razão, para além de literalmente CHATEAR o próximo, a coisa torna-se ainda mais MÁ!

Todos nós já fomos maus para alguém, mesmo sem querer. Acontece. Faz parte da natureza humana. É a capacidade de reconhecer o erro e corrigi-lo que faz de nós pessoas melhores. Mas nem todos conseguem ser pessoas melhores.

Acho que de entre todos os meus defeitos nenhum faz de mim uma pessoa realmente má. E isso é bom. Muito bom.