Sunday, April 29, 2007

Over The Rainbow

O que me fascina na música, qualquer que seja o género, é o efeito que ela tem em nós. Na verdade, não devia haver fado, soul, jazz, trance.Devia haver música para rir, música para chorar, música para dançar, música para namorar, música para viver, música para sonhar...

E este é o meu estilo preferido: música para sonhar. Esta é a única música que nos leva para lá da realidade, para lá do que podemos ver, tocar ou sentir.

Por isso, façam o favor de "clicar" no play e sonhar...

Saturday, April 28, 2007

A nossa Terra

Acabo de ouvir Alberto João Jardim mandar um jornalista continental para a sua terra. A terra do jornalista é, como todos sabemos, Portugal continental. E desta vez senti a mola da indignação em cheio no meu traseiro e vim até aqui...

Eu não costumo ligar ao que este senhor diz, simplesmente porque ele não me diz nada. Ele é a personificação da falta de educação, da arrogância e do preconceito. E o preconceito é algo que magoa muito. Só quem já o sentiu na pele consegue atribuir-lhe o devido valor. Eu já o senti. Por isso, posso afirmar que é algo que deixa uma marca para o resto da vida. É uma sensação de impotência. Impotência por não conseguirmos ser igual a outrém. Igual em quê? Na cor da pele, na língua que falamos, no local em que nascemos, na roupa que usamos, na profissão que exercemos. Sei lá...o preconceito pode ser qualquer coisa. Mas é coisa de mentes pequenas. E Alberto João Jardim é definitivamente uma mente muito pequenina. E o pior é que consegue transformar a mente dos madeirenses. De alguns, pelo menos... Dos mais burros e ignorantes. E gente burra e ignorante existe em todo o lado: em Portugal continental, na Madeira, nos Açores, em Espanha (esses também são jeitosos!!!!), nos EUA, em Angola, no Japão, na China... Disso não tenho dúvidas!

No entanto, Alberto João faz muito pela Madeira. Só que a Madeira não é a Terra dele. A Madeira é um bocadinho de terra, tal como a Buraca (local que também nunca visitei) e tal como Paris (já visitei e gostei muito). Quero com isto dizer que a Madeira é de todos os habitantes do planeta Terra. Porque somos todos humanos, porque somos todos iguais. Os diferentes são os preconceituosos. São pessoas que não aceitam a diferença e é por causa delas que existem tantas discórdias e guerras pela NOSSA TERRA fora.

Eu nunca fui à Madeira. Perdi a vontade desde que uma certa madeirense me chamou desonesta e mentirosa. Não por algo que eu tenha feito mas sim por ser "contnental", como ela própria salientou. Como se nascer em Coimbra tivesse sido uma escolha minha... Só que ela não passa de uma mente pequenina, tal como Alberto João Jardim e tantas outras espalhadas pela NOSSA TERRA fora!

Por isso, estou lentamente a ganhar vontade de ir a Madeira. E quando lá for, espero ter pelo menos dois ou três amigos que me recebam de braços abertos e me mostrem a beleza da ilha! Porque os verdadeiros madeirenses são como os verdadeiros continentais: cidadãos do Mundo e na nossa Terra!

Friday, April 27, 2007

Ideia brilhante

Há já uns dias atrás tive uma ideia brilhante. Mas como não ainda não tive oportunidade de a expôr, aproveito a ocasião.

Estava eu a estudar quando me ocorreu o seguinte: se cada um de nós se preocupasse com pelo menos uma pessoa, haveria maior probabilidade de existir alguém que se preocupasse connosco próprios!

Pois...isto parece confuso à primeira vista mas eu acho uma ideia engraçada. Ultimamente tenho tido muitas ideias.

E como se chama uma pessoa que tem muitas ideias?

Exacto...

Uma idiota!

Monday, April 9, 2007

Para a minha irmã

Hoje apetece-me escrever para ti. Porque às vezes é mais fácil escrever, enviar uma carta, um postal, uma mensagem. Até há quem prefira falar pelo telemóvel.

Eu não. Já me conheces, sabes que gosto de ver nas pessoas os efeitos do que digo, com os meus próprios olhos. Só que desta vez não é possível agir desta forma. Tenho receio de falar contigo, da tua reacção, de olhar para ti. Se ao menos soubesses como me custa olhar para ti...

Quando olho, não te vejo. Procuro, procuro, procuro mas...não te encontro! Tenho tantas saudades tuas. Saudades de te ver sorrir, de ouvir as tuas gargalhadas, de te ouvir cantar, nem que sejam karaokes horríveis da Floribela (baixa essa m*rda que eu estou a estudar, lembras-te?). Tenho saudades da tua alegria. Sim, porque tu eras uma pessoa alegre. Eras uma chatinha muito bem disposta. Até disso tenho saudades!

Sempre foste uma rapariga bonita, desde bébé. Mas a história é sempre a mesma: são as raparigas bonitas que se acham feias. Não percebem que de nada serve ter um corpo ou uma cara perfeita. O factor determinante é o que está dentro de nós. É a nossa essência.

Hoje em dia és uma sombra de ti própria. A tua essência anda por aí perdida...Já não sei que mais posso dizer para te ajudar. Esgotei todos os meus recursos. Na verdade, acho que já não tenho nada para te dizer acerca do teu problema. Eu sei que estás doente. Mas nem tudo se resume a isso. No teu íntimo escolheste sofrer e ainda não percebeste o quanto fazes sofrer as pessoas que te amam.

Resta-me dizer que te adoro. E é precisamente por isso que, por vezes, sinto necessidade de me afastar de ti. Porque sei que não consigo ajudar-te mas também não consigo ver-te nesse processo de auto-destruição.

Não perdi ainda a esperança de te ver feliz. Mas para isso, não podes desistir. Só dependes de ti mesma e não podes ceder ao desespero. Como em tudo na vida, o bem tem que vencer o mal.

Eu fico à espera que isso aconteça. Para podermos voltar a comer massa com atum, a tua especialidade! :)

Serás sempre a minha irmã preferida. Não por seres a única mas sim por seres especial.

E para terminar, faço-te um pedido:

Procura um grande amor mas nunca te esqueças: em primeiro lugar tem um caso de amor contigo própria!

A matemática da vida

A matemática da vida é a matemática da emoção, que não dá resto zero e que rompe a regra da lógica. Nesta matemática, só se aprende a multiplicar quando se aprende a dividir, só se consegue ganhar quando se aprende a perder, só se consegue receber quando se aprende a dar.

in Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes

(Um livro cheio de mensagens bonitas, que se alojam em qualquer coração! Só podia ter sido emprestado por uma amiga especial!)


Sunday, April 1, 2007

O melhor (ou pior) português de sempre

Faz hoje uma semana que Salazar foi eleito, DEMOCRATICAMENTE, para alguma coisa pelos portugueses. Felizmente foi no âmbito de um programa de entretenimento! É que se fosse para um cargo político tinhamos que acabar com os nossos blogs!

Agora...o que eu não percebo é o seguinte: que raio de povo somos nós que fazemos revoluções para derrubar um regime criado por este senhor e anos mais tarde dizemos que ele foi o melhor?

Isto foi uma falta de respeito por todos os que lutaram pela nossa liberdade. As pessoas que votaram não devem ter sido presos políticos, pois se o tivessem sido provavelmente não tinham dedinhos suficientes para telefonar ou escrever mensagens...

E se... (I)

E se...com o sol da Primavera chegassem também dias melhores, mais luminosos e com menos problemas?

E se...a vida fosse mais simples ou nós, seres humanos, tivessemos a capacidade de a simplificar?

E se...pudessemos abrir a nossa caixa craniana, tirar de lá todas as ideias más ou tudo o que nos aborrece e deixar só coisas boas?

E se...não fossemos obrigados a cumprir obrigações e fizessemos só aquilo que nos apetece?

Sim...viveríamos numa utopia mas seríamos muito mais livres. Sempre detestei convenções... E por falar nisso vou fazer mais uma convenção! Porque uma convenção é isto mesmo: fazer algo que não sentimos que devemos fazer mas que fazemos sempre.