Thursday, March 15, 2007

O homem do ano

Ultimamente tenho tido bastante tempo livre. Como não estou habituada a tanta "fartura" de tempo livre, dedico-me às mais variadas actividades lúdicas. A saber: não fazer nada, passear, apanhar muito sol (sabe tão bem...), pensar na vida (nem sempre sabe bem!), ver muita televisão, filmes e.......... séries!
E por falar em séries, tenho uma confissão a fazer: estou apaixonada! Eu que nunca gostei muito de actores, fossem eles de telenovelas, filmes ou séries. Mas desta vez é diferente. Além de viciada na série Prison Break, fico vidrada (e isto não é uma hipérbole, fico mesmo vidrada) no protagonista. O fantástico: Wentworth Miller. Qual Tom Cruise, Brad Pitt ou Rodrigo Santoro. Qualquer um destes é nada mais que "razoavelzinho" comparado com o Scofield! Antes de mais, e para verem que não minto, observem bem a fotografia!
É assim: o rapaz tem uns olhos lindos, um rosto tão perfeitinho que até parece desenhado e para finalizar em grande...tem aqueles braços!É aquele tipo de braços que faz qualquer rapariga ter vontade de ser abraçada! O cabelo poderia ser um pouco mais comprido mas compreende-se que um prisioneiro condenado tem de o usar rapado. As tatuagens também são dispensáveis mas bolas!, sem elas ele não foge da prisão! E não queremos afinal vê-lo em liberdade? ;)

Como se tudo isto não bastasse, é licenciado em Literatura Inglesa, o que só mostra que além dos atributos já descritos deve ser também culto, inteligente e sensível...
É claro que o meu problema é simplesmente demasiado tempo livre. Até tenho tempo para paixões televisivas e platónicas! Como se eu não fosse já completamente apaixonada pelo homem da minha vida...

Ai,ai...este Wentworth Miller é mesmo GIRO! (Ver a fotografia de novo, desta vez com mais atenção!)





Wednesday, March 7, 2007

Isto dá que pensar...

Hoje tive vontade de ajudar uma pessoa. Curiosamente é alguém que eu não conheço de lado nenhum, com quem nunca falei e nem me lembro do seu nome. Aliás, nem foi a mim que este "alguém" pediu ajuda...

A verdade é que tudo isto é completamente insignificante quando ouvimos um pedido de ajuda tão sentido. Eu já vi alguns doentes em estado terminal mas nunca tinha ouvido ninguém pedir ajuda para morrer. Foi muito...estranho. E esta talvez não seja a palavra mais indicada para descrever a sensação que tive. Fiquei com calor e logo depois com frio. Um frio terrível, que me fez ter vontade de voltar para casa a correr e nunca mais entrar num hospital.

Ora bem...isto vindo de mim, uma pessoa que quer ser médica desde que se lembra de ser gente, pode parecer inexplicável. Depois de tanto estudo, de tantos exames e de alguns estágios chatos, senti vontade de largar tudo e ser outra coisa qualquer...estilo jardineira! Isto porque por mais dentologia, bioética e direito médico que me ensinem, ninguém me preparou para ouvir isto! Pensando bem, não sei se há maneira de nos prepararem para isto. E mesmo que houvesse, provavelmente não funcionava comigo.

Parece-me que não tenho estômago para ver estes doentes, o que só prova que sou mais fraca e menos corajosa que eles. É muito difícil ver um doente sofrer tanto, ter tantas dores e não poder fazer nada para ajudar, além de aumentar a dose de opiáceos (ajudam a diminuir as dores) e benzodiazepinas (dão sono). Este é o lado mau da Medicina: não poder fazer curar. Seria bom que o nosso ministro da Saúde não afastasse as urgências dos nossos doentes, para que estes não fiquem mais doentes só de pensarem na distância a que se encontram de um hospital... E sobretudo para que não adiem a ida ao médico, nem que seja para terem a certeza de que está tudo bem! Isto é que seria um serviço de saúde UNIVERSAL!

E dei comigo a pensar na Lei. A nossa Lei e o Códido Deontológico proibem a eutanásia. Por um lado: ainda bem! Por outro: ainda mal! Foi então que percebi que não tenho opinião sobre este assunto. Não tenho e não sei se quero ter. Mas sei que nunca me sentirei com poder para "ajudar" alguém a morrer, apesar do pedido de ajuda que ouvi hoje me ter ido directo ao coração...

Portanto, continuo cheia de dúvidas. E nem escrever me "desbaralhou".