Sunday, December 30, 2007

Once and again


E pronto...lá vamos nós outra vez. Um ano acaba e outro começa. E com ele começa a correria do costume. Lá vamos re-iniciar a nossa vida apressada, durante a qual percorremos "um" caminho em busca da nossa felicidade, tentamos satisfazer os outros, tentamos alcançar os nossos objectivos e tentamos não aborrecer ninguém. No fundo...só queremos ser felizes. Doze meses depois olhamos, invariavelmente, para trás e fazemos o balanço do ano. No telejornal fazem o mesmo mas com as notícias!

Eu sou como o telejornal. Por isso, aqui fica um resumo:

1. Criei este blog. Para ser sincera, pensei que seria um entusiasmo passageiro. Mas não. Tornou-se o meu cantinho e é especial para mim. Estão aqui pedacinhos de mim.

2. Tomei apenas um antibiótico/ano, prescrito por mim própria (e foi eficaz!) e passei pelo menos 3 dias durante o ano de 2007 a anhar no sofá e a arder em febre! Anhar no sofá não mau de todo... Haja direito ao descanso!

3. Acho que foi algures em Maio/Junho deste ano que tive a certeza. Quando for grande, quero ser pediatra.

4. Pensei na morte, porque teve de ser. Porque alguém de quem gostava acordou de manhã e saltou do nono andar, deixando-nos a todos à procura de um resposta. Continuo a acreditar que a morte não é o melhor caminho. Já basta quando ela nos procura.

5. Tive a oportunidade de ver o lado mais negro das pessoas. E, ao contrário do que se pode pensar, foi muito bom. Aprendi e cresci muito. Espero defender-me melhor da próxima vez que alguém me fizer mal. Se bem que, apesar de tudo, nao me parece que mais alguém me faça mal, excepto se eu deixar.

6. Tirei a fruta podre da cesta. Sim, eu sei que a frase é feia. Foi-me dita por alguém de quem só me lembro quando penso nesta frase. Mas tem alguma lógica. Não devemos guardar a fruta podre no mesmo cesto em que guardamos a boa. As razões são óbvias.

7. Fiz novos amigos e consegui manter os antigos. Apesar da falta de tempo, das separações geográficas e da nossa própria inércia, as amizades verdadeiras mantêm-se no tempo e derrubam qualquer barreira.

8. Óptimas férias de Verão, repletas de amigos e de amor... Acampar e conhecer sítios bonitos com pessoas bonitas. A única coisa menos bonita eram mesmo os lavabos. Tudo o resto foi 5 estrelas, certo pessoal?

9. Parabéns à minha irmã! Por seres tão forte, tão lutadora e tão bonita por dentro e por fora (lembras-te?). Continuo a estar ao teu lado e continuo a confiar em ti. Por favor, não me desiludas.

10. Num ano em que tudo à minha volta mudou, também eu mudei. O meu porto seguro tornou-se num ninho vazio, os habitantes do ninho espalharam-se por aí e eu fiquei parada a assistir a tudo isto. Literalmente parada. Até mesmo porque não havia nada a fazer, a não ser ver o lado bom de tudo isto. Todas as pessoas que amo estão vivas, preocupam-se comigo e, mais importante que tudo o resto, estão felizes! Meu Deus, como foi difícil adaptar-me às mudanças e às responsabilidades crescentes. Nunca substimem o trabalho que dá gerir uma casa!Aprendi a gostar de estar sozinha ou comigo, consoante os pontos de vista. Sinto-me mais forte, mais segura, mais confiante. Afinal, o que não nos mata torna-nos mais fortes.

Mas não posso mesmo mudar de ano sem agradecer àquelas pessoas tão especiais, que são a família que eu escolhi. Elas sabem quem são. Sabem que as amo tanto como amo a família do meu sangue, até porque o sangue não significa nada. Os laços que jamais se desapertarão são aqueles que todos os dias apertamos um bocadinho mais, seja com um telefonema, uma mensagem, um e-mail, um sorriso, um beijo ou um abraço.

Para mim, a passagem de ano não significa nada de especial. Tanto me faz que seja passada numa festa de arromba com amigos ou com a família. (Este ano parece que vai ser com a família que eu escolhi!) É apenas mais um noite mas, já que é a última do ano, convém que seja passada em paz, com muita saúde e no calorzinho que só uma bonita história de amor pode gerar.

Desejo que em 2008 todos os sonhos se realizem, mesmo os de quem não merece.

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